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A verdadeira devoção a Nossa Senhora

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A verdadeira devoção a Nossa Senhora

Há alguns anos, o Pe. Zezinho recebeu, de um ex-católico, uma longa carta, que foi assim resumida por ele: «Maria não pode nada. Menos ainda as imagens dela, que vocês adoram. Sua igreja continua idólatra. Já fui católico e, hoje, sou feliz porque só creio em Jesus. Você, com suas canções, é o maior propagador, da idolatria mariana. Converta-se enquanto é tempo se não quiser ir para o inferno!».

Pensando que a resposta do Pe. Zezinho conserva ainda hoje a sua validade, resolvi transformá-la no meu artigo semanal.

«Sua carta chega a ser cruel. Em quatro páginas, você consegue mostrar o que um verdadeiro evangélico não pode ser. Seus irmãos mais instruídos na fé sentiriam vergonha de ler o que você disse em sua carta contra nós, católicos, e contra Maria, a mãe do Cristo que você diz conhecer mais do que eu.

O irônico de tudo isso é que, enquanto você sai por aí agredindo a mãe de Jesus e diminuindo o papel dela no cristianismo, um número enorme de evangélicos fala dela com o maior carinho e começa a compreender a devoção dos católicos por ela.

Você pegou o bonde atrasado e na hora errada, e deve ter ouvido os pastores errados, porque, entre os evangélicos, tanto como entre nós, católicos, Maria é vista como a primeira cristã e a figura mais expressiva da evangelização depois de Jesus. Eles sabem da presença firme e fiel de Maria ao lado do Filho divino.

Evangélico é quem pauta sua vida pelos evangelhos e, para ser um bom evangélico, não precisa agredir os católicos e a mãe de Jesus. Você é muito mais antimariano do que cristão ou evangélico. Seu negócio é agredir Maria e os católicos. Nem os bons evangélicos querem gente como você no meio deles.
Quanto ao que você afirma: que nós adoramos Maria, sinto pena de você. Quando católico, segundo você afirma, já não sabia quase nada de Bíblia por culpa da nossa igreja; agora que virou evangélico, parece que sabe menos ainda de Bíblia, de Jesus, de Deus e do reino dos céus. Você regrediu. Está confundindo culto de veneração com culto de adoração, está caluniando quem tem imagens de Maria em casa, ao acusá-lo de idólatra. Ora, há milhões de católicos que usam das imagens e sinais do catolicismo de maneira serena e inteligente. Se você usava errado, teria que aprender.

Ao invés disso, foi para outra igreja aprender a decidir quem vai para o céu e quem vai para o inferno. Tornou-se juiz da fé dos outros. Deu um salto gigantesco em seis meses; de católico tornou-se evangélico, pregador de sua igreja e já se coloca como a quarta pessoa da Santíssima Trindade, porque está decidindo quem vai para o céu e quem vai para o inferno.
Sua carta é pretensiosa. Sugiro que estude mais evangelismo e, em poucos anos, estará escrevendo cartas bem mais fraternas e mais serenas do que esta. Desejo de todo o coração que você encontre bons pastores. Há muitíssimos homens de Deus nas igrejas evangélicas que ensinarão a você como ser um bom cristão e como respeitar a religião dos outros. Isso, você parece que perdeu quando deixou de ser católico. Era um direito que você tinha: procurar sua paz. Mas parece que não a encontrou ainda, a julgar pela agressividade de suas palavras.

Quanto a Maria, nenhum problema. Ela é excelente caminho para Jesus. Até porque, quem está perto de Maria, nunca está longe de Jesus. Ela nunca se afastou dele. Tire isso por você mesmo! Se você se deu ao trabalho de me escrever uma carta para me levar a Jesus, e se acha capaz disso, imagine, então, o poder da mãe de Deus que, ao contrário do que talvez lhe ensinem, não está dormindo! Ou você acha que Jesus até agora não conseguiu levar nem mesmo a mãe dele para o céu? O sangue dele tem ou não tem poder? Não cantam isso na sua nova igreja?

De Jesus ela entende mais do que você. Ou, inebriado com a nova fé, você se acha mais capaz do que ela? Se você pode sair por aí escrevendo cartas para aproximar as pessoas de Jesus, Maria pode milhões de vezes mais com sua prece de mãe. Ela já está no céu, e você ainda está aqui apontando o dedo contra os outros e decidindo quem vai ou quem não vai para lá.

Grato por sua carta. Mostrou-me porque devo lutar pela compreensão entre as igrejas. É por causa de gente como você!».

Dom Redovino Rizzardo, cs

Bispo de Dourados

[email protected]

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