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Arte ou catástrofe?

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Arte ou catástrofe?

Multiplicam-se manifestações anticristianismo, seja pelo assassinatos de pessoas, sobretudo no Oriente Médio e Asia, seja pela afronta descabida de indivíduos que fazem questão de ultrajar a fé de mais de um bilhão de fiéis.

Todos têm o direito de não acreditar em Jesus, de não fazer parte de uma comunidade, e os cristãos devem respeitar estas pessoas, mesmo que não pedissem respeito, mas a recíproca também é verdadeira, é necessário que os não crentes, ou crentes de outras denominações respeitem os que pensam diferente. Todavia o que vem acontecendo é um crescente movimento, parece até orquestrado, de combate a fé, usando inclusive meios dissimulados para escrachar a crença alheia.

Estes fatos parece que não aconteciam no nosso Brasil duas décadas atrás, eram circunscritos a países nitidamente comunistas ou com muçulmanos fundamentalistas, hoje acontecem no nosso quintal. Um fato deplorável aconteceu em Natal, no ano de 2010, mas até hoje repercupe entre apoio e repúdio. Um cientista social e artista, Pedro Costa, num evento de Artes Visuais naquela cidade ficou nu em frente ao público e, de quatro, tirou um terço do ânus.

É assustador? Eu sei! É forte? Eu sei! Mas é o que a intolerância de alguns está produzindo. Disse o “artista”: “Então pensei conceitualmente e refiz a performance de forma pontual (antes já apresentada em Salvador), com a nudez e o ato em si. Percebi que era uma ação simples, mas poderosa”. Poderosa para quê?

Obviamente pessoas assim encontram público que as aplaude, por isso, ressaltou: “os amigos acharam-na muito forte, direta e objetiva. Entenderam a ação e admiraram a coragem e a ousadia. Ficaram muito felizes e, até hoje, estão em estado de êxtase com o trabalho”. O que impressiona foi que uma fundação pública, Funcarte, não a vetou, ao contrário patrocinou com o dinheiro dos cristãos contribuintes.

Outros momentos foram marcados pela afronta aos crentes católicos, um deles foi a sua imagem do terço em forma de pênis, barrada no Centro Cultural do Banco do Brasil, em Brasília. Contudo, Pedro da Costa, achou tal proibição importante para a mobilização dos artistas a favor da exposição da sua obra e outras. Foi o caso do documentário “Bombadeira”, do diretor Luis Carlos de Alencar (BA) e do trabalho de Marcelo Gandhi com velas em forma de pênis e terços, o registro fotográfico faz parte do “Acervo em Movimento”, do Museu da Pinacoteca do Estado (RN). Ambos publicados com o apoio do Ministério da Cultura e outros órgãos importantes do país. Veja: com o apoio do Ministério da Cultura, este órgão público que é sustentado com os impostos da imensa maioria dos brasileiros, que é cristã.

Então, disse ele, que a “religião também é um tema político a ser trabalhado. E a arte contemporânea possui essa característica de questionar as relações de poder e da privação da liberdade de escolha. É dessa forma que eu enxergo”. Pois é, mas na busca de respeito pela sua liberdade, não dedica igual respeito à liberdade dos outros. Os outros têm direito de ver suas crenças respeitadas, especialmente uma religião que moldou o Ocidente e contribui para a promoção da vida em todos os âmbitos.
Pedro se diz umbandista, que o seja, devemos respeitá-lo, aliás, criticar qualquer destas religiões nos dias atuais é comprar uma briga com os defensores dos direitos… E deve ser mesmo, o que não pode ser concebido é que grande parte do povo brasileiro seja injuriada atrevidamente e ninguém dos direitos… se manifeste.

O Papa Francisco disse recentemente, que hoje existem mais mártires que nos primeiros séculos, para ele são mártires aqueles que perdem a vida física, porque fundamentalistas religiosos não aceitam Jesus Cristo, o são também porque governos ateus não desejam que valores cristãos permeiem o direito à democracia, entretanto, outro martírio cresce assustadoramente, aquele que quer renegar os valores do Evangelho e desmoralizar quem deseja vivê-los e anunciá-los. Ao cristão não cabe fazer guerra como defesa, cabe testemunhar, mas é natural que no estado de direito, quem insulta a fé cristã arque com as consequências legais.

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral de Dourados

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