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Casa comum, “nossa responsabilidade”.

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12/02/2016 07h41

Casa comum, “nossa responsabilidade”.

Durante a Quaresma, especialmente a Igreja Católica no Brasil, dentro da espiritualidade do tempo de penitência e meditação, oferece reflexões que unem a vida espiritual e prática, fazendo jus ao que diz São Tiago na sua Carta Apostólica 2, 17: “A fé sem obras é morta”. Foi a Campanha da Fraternidade que nas últimas décadas desvelou muitos males escondidos na sociedade brasileira, não só desvelou, mas ofereceu pontos de vista variados como possibilidades de transformação.

É possível que muitos questionem o porquê da Igreja não se fixar somente nas práticas milenares, tais como jejum, penitência e esmola. Ela não as negligencia, ao contrário, pede que as vivamos. A Campanha da Fraternidade oferece maiores perspectivas de encarná-las. Os problemas sociais são reflexos do pecado, mas esta palavra tão desgastada na pós-modernidade, parece não mais provocar as consciências, por isso, o Espírito Santo suscita na Igreja, por meio da “inculturação”, novas maneiras de dar nomes novos a velhos problemas. É sempre o mesmo pecado que afasta o ser humano de Deus, dos irmãos e de toda obra criada.
Na Quaresma de 2016, e para além destes 40 dias, foi colocada em pauta a discussão sobre a problemática da nossa responsabilidade com a casa comum: o planeta. O “saneamento básico” motiva a reflexão, pois já é sabido, que a grande ameaça à população brasileira hoje, notadamente, às crianças, denominado Aedes Aegypti, é, fruto do descaso do Estado brasileiro. Havendo saneamento para todos, muitas vidas não teriam sido ceifadas no decorrer dos últimos anos. As doenças decorrentes da transmissão pelo Aedes Aegypti, é uma das consequências do desleixo das autoridades.

Esta Campanha será ecumênica, isto é, compartilhada pelas Igrejas que fazem parte do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs, CONIC, para fazer recordar que o pecado atinge a carne do ser humano, o que no presente denominamos de desrespeito aos “direitos fundamentais”. As instituições religiosas como parte da sociedade, sabem que as soluções precisam de um esforço comum de planejamento e execução dos serviços. Deste modo, há o desejo das Igrejas de contribuir para mobilizar e criar espaços de comprometimento com a Casa Comum.

Em Dourados, as diversas comunidades poderão oportunizar aos fiéis momentos de encontros e tomada de consciência. Para marcar o início da Campanha da Fraternidade, a Diocese de Dourados e outras comunidades cristãs se encontrarão no domingo, dia 14 de fevereiro, no Parque Municipal Rego d’Água, onde acontecerá uma celebração ecumênica, a partir das 15h, encerrando às 17h30 min.
“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Amos 5, 24). O texto bíblico ilumina a caminhada da Quaresma e do ano corrente, chamando à responsabilidade os mandatários e demais brasileiros para a causa comum, que o Papa Francisco destacou na Laudato Sí, como possibilidade e ameaça à humanidade: cuidar ou não da Obra de Deus!

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral de Dourados.

Casa comum, “nossa responsabilidade”.

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