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Contra o cristianismo tudo é possível

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Contra o cristianismo tudo é possível

O governo Russo expulsou do país o grupo Femen, que se denomina defensor dos direitos das mulheres e proibiu sua líder de pisar naquela nação, depois que o grupo profanou a Catedral Ortodoxa de Moscou. Atitude que se repetiu na Catedral Católica de Notre Dame, em Paris, nessa ocasião a Igreja comportava um grande número de fiéis, que presenciou a danificação de três sinos, usando bastões de madeira, além da profanação, através de palavrões contra o catolicismo.

Mas a justiça francesa decidiu que participantes do grupo não tinham culpa, portanto as absolveu e “condenou três vigias da catedral, que tentaram interromper a ação das militantes, a pagar multas que vão de 300 euros a um mil euros por violência contra as militantes”! A Igreja foi ultrajada, danificada e ainda foi punida, porque segundo a justiça faltavam provas, mesmo que várias pessoas tivessem presenciado tais atos. As supostas defensoras dos direitos das mulheres, seminuas, também jogaram água e falaram palavrões contra o arcebispo de Bruxelas, durante uma conferência numa Universidade Belga.

Mas isto aconteceu do outro lado do mundo, você deve estar pensando. Sim, no entanto, este tipo de manifestação, que aparentemente se apresenta como “direito”, é fruto de uma corrente fundamentalista antirreligiosa, que se espalha através de grupos e governos que se dizem defensores do Estado Laico. Por isso, condenam-se aqueles que defendem a ordem e livram-se aqueles que promovem a baderna, desde que digam ser defensores de “alguma coisa”, sobretudo se é para “defender-se dos cristãos!”.
No Brasil esta mentalidade está bem difundida. No Distrito Federal, uma freira foi obrigada pela Secretaria de Educação a retirar as orações e as atividades de natureza religiosa do seu planejamento, cessando qualquer tipo de religiosidade na sua conduta, mesmo sendo a creche que ela dirige pertencente a uma ordem religiosa, se assim não procedesse, não receberia mais recursos do Governo, porque estaria violando o Estado Laico. Na mesma linha, o Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (CONAD), órgão governamental, quer proibir as casas de recuperação, mantidas por instituições religiosas, de falar sobre fé durante o tratamento oferecido aos dependentes químicos, num ato incontestável de censura religiosa.

Porém, o artigo 19 da Constituição Federal “ressalva a colaboração de interesse público entre entidades religiosas e o Estado, ela o faz para garantir que essas entidades possam relacionar-se com o Estado, exatamente como são, ou seja, como entidades religiosas”. Exigir de entidades religiosas que não professem sua fé, em nome da “laicidade estatal”, é negar a vigência ao artigo 19, II, da Constituição; é uma negação do próprio Estado de Direito.

Não estamos mais falando de Estado Laico, mas de Estado Ateu, que em última instância é um Estado fundamentalista. Mas esta mentalidade ateísta, difundida amplamente no Ocidente é uma das causas que tem gerado a adesão de jovens ocidentais às fileiras do Estado Islâmico, entre outros, inclusive de brasileiros. Este movimento encontra adesão, porque como dizia Aristóteles, “a virtude está no meio”, isto é, quem não se equilibra no Estado de Direito, na virtude, está nas extremidades e os extremos se assemelham, seja no fundamentalismo ateu, seja no fundamentalismo religioso, é sempre uma luta contra o próprio ser humano, mas a falácia diz ser a favor de seus direitos.
Pode ser a favor da pessoa retirar o seu direito de rezar, por exemplo? Pode ser a favor da pessoa, matar alguém que não professa a “minha crença”?

O Estado verdadeiramente Laico é aquele que garante o direito dos que não têm fé, mas igualmente garante a fé dos que acreditam, todo o resto é ditadura.

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral de Dourados

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