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JMJ 2016 : Por Pe. Crispim Guimarães

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12/07/2016 18h09

JMJ 2016 : Por Pe. Crispim Guimarães

Artigo Semanal

As Jornadas Mundiais da Juventude foram criadas pelo saudoso João Paulo II em 1984. Na ocasião, o Papa polonês pronunciou estas palavras: “Quem disse que a juventude de hoje não se interessa por valores”, e deu aos jovens um símbolo, a Cruz da JMJ. Em 1986, declarado pelas Nações Unidas como “Ano Internacional da Juventude”, fez surgir no coração do Bispo de Roma o desejo de intensificar o diálogo com a juventude, oficializando assim, as JMJ periodicamente de dois em dois anos.

No dia sete de abril do mesmo ano, João Paulo II, disse: “No domingo passado, encontrei centenas de milhares de jovens, e a imagem festiva de seu entusiasmo ficou profundamente gravada na minha alma. Meu desejo de repetir essa experiência maravilhosa nos anos vindouros, e de criar desta forma um encontro internacional da juventude, corresponde à minha convicção de que os jovens estão diante de uma missão cada vez mais difícil e fascinante; a de mudar os mecanismos fundamentais que fomentam o egoísmo e a opressão nas relações entre os Estados e de assentar novas estruturas orientadas à verdade, à solidariedade e à paz”.

Desta feliz data até hoje, multidões reuniram-se mundo afora, demonstrando que os jovens se comprometem com a fé e com as causas sociais, de modo responsável. Em todos os países em que se realizaram as JMJ a impressão deixada é de um povo novo, não só pela idade, mas pelo modo de se portar diante do próximo, dos bens públicos, das autoridades, além da alegria expressa nas falas e atitudes. Um exemplo, foi uma matéria da Globo News um dia após o término da Jornada do Rio de Janeiro, quando a âncora do Jornal das 18h, Leilane Neubarth, comparou o encontro de mais três milhões de jovens com o Réveillon, ambos acontecidos na praia de Copacabana.

A jornalista, espontaneamente, fez uma analogia destacando os dois eventos. A JMJ com cerca de três milhões e meio de jovens produziu menos lixo que os dois milhões de pessoas do Réveillon, o lixo não ficou exposto nas ruas, ao contrário, a cidade estava praticamente limpa, não se viu um incidente com violência, bem distinto do que ocorre nas comemorações da vira do ano. Outra observação foi que na virada muitos jovens permanecem na praia embriagados e na jornada também muitos ali amanheceram, porém todos sóbrios.

A cidade maravilhosa acolheu a segunda maior Jornada Juvenil do Mundo, perdendo apenas para Manila nas Filipinas em 1995, quando mais de quatro milhões de jovens impressionaram o planeta com o seu testemunho. E quem participa de uma Jornada? Quanto se gasta para realizar algo dessa dimensão? Preponderantemente os participantes são jovens, alguns poucos adultos os acompanham, na sua maioria não são pessoas ricas, os recursos necessários são fruto do trabalho dos próprios jovens, dos seus salários, ou ainda de trabalhos comunitários realizados durante os dois anos preparatórios: venda de doces, pastéis, pizzas, almoços, etc. A participação não é turismo, mas peregrinação, são visitas a lugares de significação religiosa, participação em várias catequeses, além do encontro com o Papa, tudo para proporcionar aos peregrinos um aprofundamento da fé. Antes, nas suas cidades e dioceses, muitos encontros formativos e retiros são realizados em preparação para que as Jornadas não sejam passeios, mas encontros com Cristo.

Como disse João Paulo II em Manila, “Sois capazes de oferecer vós mesmos, vossas forças e talentos para o bem dos demais? Sois capazes de amar? Sim, vós sois. A Igreja e a sociedade coloca grande esperança em cada um de vós”. Bento XVI e Francisco continuaram este itinerário.

Para este ano de 2016, final de julho e início de agosto, uma centena de jovens da Diocese de Dourados estará em Cracóvia, terra de São Paulo II, o fundador das Jornadas Mundiais da Juventude, para com milhares de outros jovens agradecerem a Deus e traçar caminhos de um mundo de paz e fraternidade.

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral da Catedral

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