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Missão: um passo para a conversão

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Missão: um passo para a conversão

Cresce o desafio de renovar a paróquia em vista da sua missão. Há dificuldades para que os paroquianos se sintam participantes de uma autêntica comunidade cristã, convertendo-se diariamente, tornando a paróquia referência para os batizados.

O Papa Francisco, na Alegria do Evangelho, diz que a paróquia “não é uma estrutura caduca, precisamente porque possui uma grande plasticidade, pode assumir formas muito diferentes que requerem a docilidade e a criatividade missionária do pastor e da comunidade”. Um dos modos de renovar a paróquia e se aproximar dos fiéis, sobretudo dos batizados afastados, é a missão permanente, mas que exige momentos especiais de dedicação às visitas personalizadas.

A missão casa a casa pretende oferecer ao sujeito “moderno”, marcado pela subjetividade individual, que teve o enfraquecimento dos vínculos comunitários e viu transformada a noção de tempo e espaço, a oportunidade de falar e ouvir sobre Deus, a comunidade e a vida, pois, se por um lado, verifica-se com o advento da modernidade a valorização do indivíduo, por outro, percebe-se a dificuldade de alguns em pensar no outro.

Preparando-se para celebrar a Padroeira de Dourados, Nossa Senhora Imaculada Conceição, de 29 de novembro a 08 de dezembro, a Paróquia “Catedral”, deseja ouvir a voz da Igreja, que conclama para a missão, por isso, de 14 a 29 de novembro, as 96 quadras, residências, casas comerciais, apartamentos, etc., serão visitadas, para que nossos missionários rezem, escutem e abençoem a todos que desejarem. São aproximadamente 200 pessoas, que quinta-feira, 13 de novembro, foram enviadas, em Missa realizada na Catedral.

Por que evangelizar nesses moldes? Porque existem paróquias que se limitam a realizar suas atividades principais no atendimento sacramental e nas devoções, sua evangelização se reduz à catequese de crianças, restrita à instrução da fé, sem o processo de uma autêntica iniciação cristã, a administração e a responsabilidade da comunidade concentram-se, exclusivamente, no pároco. Portanto, não há uma preocupação missionária, pois se espera que as pessoas procurem a Igreja.
Esta não é a melhor maneira de evangelizar. Por isso, também existem paróquias com experiências de profunda conversão pastoral. São comunidades ocupadas com a evangelização, a catequese como processo de iniciação à vida cristã, a animação bíblica da pastoral, a liturgia viva e participativa, a atuação da juventude, os ministérios exercidos por leigos e leigas, os Conselhos Comunitários, o Conselho Paroquial de Pastoral e o Conselho de Assuntos Econômicos.
Quem participa de uma paróquia assim tem vínculos comunitários, tem interesse e empenho em atrair os afastados. Desta forma, a Alegria do Evangelho diz que “A pastoral em chave missionária exige o abandono do comodismo: ‘fez-se sempre assim’. Convido todos a serem ousados e criativos nesta tarefa de repensar os objetivos, as estruturas, o estilo e os métodos evangelizadores das respectivas comunidades”.

Os fiéis engajados da Catedral, não querem mais uma estrutura ultrapassada, por isso, tantos missionários, todos são membros das pastorais, mas que agora percebem que sua pastoral precisa “sair e ir ao encontro…”.

Na fé cristã não há lugar para comunidades fechadas, em forma de clube. Algumas têm diretorias e outras vivem em função de festas, almoços e bailes, parecem mais um clube social que não tem como finalidade principal a evangelização. Cabe questionar sobre a identidade de tais comunidades que se esforçam tanto para eventos e quase não têm iniciativas missionárias.

Somos chamados a anunciar Jesus Cristo em linguagem acessível e atual, porém, não fazê-lo mediante abstrações e fórmulas, sem comunicar experiências de fé.

A conversão pastoral, que tanto insiste a Igreja, sugere renovação missionária das comunidades, para passar de “uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária”. Isso supõe mudança de estruturas e métodos eclesiais, mas principalmente, exige uma nova atitude dos bispos e padres, dos agentes de pastoral e dos membros das associações de fiéis e movimentos eclesiais.

Queremos oferecer a nossa contribuição neste bonito processo de renovação da Paróquia.

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral de Dourados

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