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Novo ataque à família

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Novo ataque à família

Após a pressão da população brasileira que fez os congressistas retirar a ideologia de gênero do Plano Nacional de Educação e da mobilização nos Estados e Municípios, o governo, via portaria do Ministério da Educação, contra o povo, colocou na formação dos professores, a mesma ideologia. O fez através da Resolução n. 2 de 1º de julho de 2015, do Conselho Nacional de Educação.

Esta portaria impõe que a ideologia seja reconhecida e valorizada na formação de professores. Porém, há muita desinformação sobre o assunto, parece algo inofensivo, ou melhor, dizem: “é uma política de igualdade social”.
A família, nos dois últimos séculos, sempre foi assunto de posições filosóficas e ideológicas, não poderia ser diferente. Karl Marx, aprimorado por Engels em “A Origem da Família…”, quis diagnosticar a família – mais do que a propriedade – como origem da desigualdade. A ideologia de gênero, promulgando o igualitarismo, desconhece o sexo com que nasce a pessoa, e faz do gênero, o objeto de uma construção da sexualidade humana.

Outros teóricos como Kate Milllet, apregoou que a mudança do mundo se faria pelo sexo, Shulamith Firestone, chegou a qualificar o incesto e a pedofilia como tabu da sociedade burguesa, Michael Foucault, nas questões sexuais, desloca a dimensão biológica para a linguagem, Judith Buther é atualmente a maior defensora da teoria de gênero, proclamando que:

a) Ninguém nasce homem ou mulher, a pessoa escolhe; b) Não importam as diferenças físicas, psicológicas, muito menos espirituais entre os sexos; c) Para a teoria de gênero não existe lei moral e religiosa; d) A maioria das pessoas nasce heterossexual, segundo a referida ideologia, por imposição da sociedade burguesa, através da “heteronormatividade”; e) A teoria quer chegar o mais cedo possível às escolas, pois considera que ali pode mudar as regras morais já na infância, menosprezando as orientações familiares; f) Nas escolas os banheiros seriam mistos, e substituem-se os dias dos pais e das mães pelo “dia do Cuidador”, ensina-se, desde a mais tenra idade que, cada um faça o que quiser com a sua sexualidade; g) Ela entra nas escolas às escondidas, veja a portaria n. 2 do MEC, você sabia? i) Argumentam que é algo contra o machismo, prevenindo a discriminação e combatendo a homofobia.

Para os seus defensores, quem não concorda com a teoria de gênero logo é “desqualificado” como intolerante, fundamentalista, conservador e homofóbico. Não é verdade, essa teoria não foi discutida com a ampla maioria da sociedade, ela vem camuflada a partir de círculos fechados e impõe às famílias o que os seus teóricos pensam, fazendo cair por terra uma tradição bimilenar (judaico-cristã), como se essa fosse pai e mãe de todas as discriminações e desigualdades.

Ao contrário do que estão divulgando, o Papa Francisco, filho da Igreja, não é a favor de tal teoria, como chegou a afirmar até um eclesiástico, ao contrário, o Papa disse que “há as colonizações ideológicas (…). O erro da mente humana, que é a teoria de gênero, cria muita confusão. A família está sob ataque” (21/03/15). No dia 15/04/15 disse: “Pergunto-me, por exemplo, se a chamada teoria do gênero não seja expressão de uma frustração e resignação, com a finalidade de cancelar a diferença sexual por não saber mais como lidar com ela. Sim, corremos o risco de retroceder”, e mais “…é necessário ter apreço pelo próprio corpo na sua feminilidade ou masculinidade, para se poder reconhecer a si mesmo no encontro com o outro que é diferente. Assim, é possível aceitar com alegria o dom específico do outro ou da outra, obra de Deus criador, e enriquecer-se mutuamente. Portanto, não é salutar um comportamento que pretenda cancelar a diferença sexual, porque já não sabe confrontar-se com ela”. (Laudato Si, n. 155)

Não se quer discriminar quem tem orientação sexual diferente do ponto de vista judaico-cristão, mas em nome de uma teoria ainda pouco conhecida e estudada, não se pode discriminar e jogar fora toda uma tradição de dois milênios, como se tudo fosse construção linguística e forçar as pessoas a deixarem de acreditar nos aspectos biológicos da construção da sexualidade, sem falar na perspectiva da fé.

Por que insistir em colocar nas escolas a teoria que o Congresso Nacional rejeitou e fazê-lo sem discutir com a família brasileira? “Combater a instituição familiar é atentar contra a humanidade e a liberdade”.

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral de Dourados

Foto - Internet

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