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O ano da virada

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05/02/2016 07h

O ano da virada

O ano 2016 será oportuno para que o Brasil demonstre que está mudando. É período de eleições municipais, que deveria ser o pleito mais importante, por tratar das bases da política. Infelizmente, com a concentração de poder nas mãos da esfera federal, os municípios tornaram-se “mendigos” que mal conseguem cumprir com o dever de pagar a ampla folha do funcionalismo público.

Contudo, as eleições municipais têm, entre outras benesses, revelar novas lideranças que depois poderão contribuir com os cenários estadual e federal. Escolher bem os novos prefeitos e vereadores é a oportunidade de começar a virar a página e reescrever a história política do país.

Algo já é observável, na justiça, especialmente parte do Judiciário, Ministério e Polícia Federal, liderados por novos “rostos” está promovendo uma reviravolta portadora de esperança. Estes organismos não se curvam mais ao grande capital e aos “poderosos” da política. Não por acaso estamos acompanhando o indiciamento e prisão de grandes empresários e políticos das mais variadas siglas.

No entanto, parte da mudança virá, sobretudo pela ação do povo, o eleitor é responsável direto pelo eleito. Pouco se mudou nesse cenário nas últimas décadas, os personagens são quase sempre os mesmos. Grave é verificar que muitos são os indivíduos envolvidos em falcatruas contra o povo. Quem reconduziu à vida pública o ex-Presidente Collor de Melo, Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Beto Richa, Gleisi Hoffmann, Humberto Costa, Paulo Maluf, etc., personalidades envolvidas em muitas mazelas? A resposta é evidente: o eleitor, que se deixa envolver também pelo peso econômico das campanhas.

É necessário olhar quais as pessoas que podem nos representar, estamos num momento decisivo, é também um momento oportuno para aprofundar o debate sobre a política que queremos, e isso não começa em Brasília, mas nas bases, nos municípios. O debate oportuno e necessário requer maturidade, paixão pela ética e pelos direitos básicos e não tanto pelo viés ideológico, que, às vezes, cria inimizades intransponíveis. O bem da nação requer o desarme das paixões menores para lançar-se na perspectiva do bem dos munícipes.

O ano de 2016 será o ano da virada se cada cidadão assumir com responsabilidade os caminhos das nossas cidades, bem como votar consciente, sem interesses escusos e, principalmente, comprometer-se em acompanhar atentamente o trabalho dos eleitos. Que a consciência cristã nos ilumine nessa apaixonante e delicada missão. Oportunamente a Conferência dos Bispos do Brasil deve se manifestar sobre o pleito deste ano. Rezemos para que apareçam bons candidatos e que escolhamos bem nossos prefeitos e vereadores.

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral de Dourados

Pe. Crispim Guimarães

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