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O dia em que o Papa chorou

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O dia em que o Papa chorou

O Papa, celebrando missa na Capela particular, na Casa Santa Marta, sua residência, surpreendeu o mundo ao chorar pelos cristãos que estão morrendo pelas perseguições, sobretudo nos países de confissão muçulmana. Especificamente um caso lhe comoveu sobremaneira, o da mulher que foi condenada à morte no Sudão por se casar com um cristão. A sudanesa foi condenada à morte por apostasia, isto é, por ter deixado a fé islâmica depois do casamento.

No Sudão, que é regido pelas leis islâmicas, os cristãos são perseguidos e mortos só pelo fato de optarem por Jesus Cristo e não por Maomé, assim um tribunal no norte deste país, condenou a gestante de oito meses, Maryam Yahya Ibrahim à morte. Mesmo que ela nunca tenha professado a fé no islamismo, seu pai é seguidor desta crença, só isto foi necessário para decretar sua pena de morte. O mais provável é que ela seja chicoteada e depois que o bebê completar dois anos seja enforcada.
O mais triste e preocupante é que estes fatos se repetem cotidianamente em muitos países. Um relatório da ONG, “Portas Abertas”, quantificou 70 mil cristãos mortos no ano de 2013. Mas a perseguição não acontece somente nos países muçulmanos, os de ideologia comunista, como China, Coreia do Norte, entre outros, matam e desprezam os cristãos. Ironia ou não, apesar disso o cristianismo tem um crescimento sem precedentes entre os comunistas, em 30 anos, a China será o maior país cristão do mundo, podendo ter 250 milhões de seguidores.

O que mais causa sofrimento é que estas mortes, 70 mil, não sete, são pouco difundidas na sociedade, ou a notícia chega como se fosse algo normal. Qualquer assassinato de um malfeitor causa mais comoção no grande público que os alarmantes números de cristãos que têm suas vidas ceifadas todos os anos, este número é anual, significa que, se continuar neste patamar, em 10 anos serão 700 mil pessoas, é “uma guerra sem precedentes”.

Onde estão os direitos humanos? Onde estão os governos democráticos do Ocidente, que falam em liberdade para minorias, etc? Que defendem seus pares ideológicos? Não ouvi um Governo Latino-americano se manifestar contrário a esta barbárie, mas são capazes de defender as FARC, Forças Armadas da Colômbia, uma das maiores organizações de tráfico de drogas do mundo. Matar cristão pode!!!

Os Estados laicos, só o são para a fé cristã, os outros podem impor seus símbolos, suas datas, mesmo que sejam recentes e minoritários no Ocidente, o cristianismo que construiu a civilização Ocidental, não! Ele deve ser extirpado nas suas datas festivas, nas liturgias e desmoralizadas suas crenças. Não vejo certos movimentos afrontarem Maomé como afrontam Jesus Cristo.

Um exemplo claro é a Grã-Bretanha, onde matar um animal sem o atordoar previamente é ilegal, mas a lei dá uma isenção especial aos produtores de carne maometanos com base na sua religião. Esta que é uma das nações mais laicas do mundo, tudo por causa da crença islâmica, mas o cristão não pode frequentar uma escola estatal com a cruz no pescoço.

É inconcebível que no século XXI, “Idade das Luzes”, do avanço tecnológico, a fé se torne motivo de morte. Estes fatos deveriam clamar os céus, provocar a revolta (sem violência) das autoridades e de todas as pessoas, não estamos falando de outra coisa, senão de mortes em quantidades alarmante.
Porém, o cristianismo mostra a sua força exatamente quando é perseguido, assim, já no século II, na Carta a Diogneto, o autor se refere aos cristãos como pessoas que não se difere dos outros nem pela língua e nem pelo comem ou vestem, não moram em cidades próprias, suas vidas nada têm de extraordinário, casam-se como todos, são de carne, mas não vivem segundo a carne, moram na terra, mas sua verdadeira pátria é o céu, amam a todos e por muitos são perseguidos, desprezados por suas crenças, mas no meio dos opróbrios enchem-se de alegria, amaldiçoam-nos e eles abençoam.
Talvez estejamos voltando aos primórdios do cristianismo, por isso, chora o Papa e todos os que têm sã consciência.

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral de Dourados

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