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Papa Francisco morrerá em breve

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Papa Francisco morrerá em breve

Não foram poucos os e-mails recebidos acerca da saúde do Papa Francisco, de possíveis conspirações para matá-lo, depois que ele mesmo disse que em breve Deus vai levá-lo… não foram menores as especulações da mídia.

Alguém, com quase oitenta anos diria exatamente o que ele disse, pela lógica uma pessoa com esta idade está mais próxima de ver a Deus que o moço de 18 anos, mas na natureza a “lógica perde lógica”, o Papa enterrará muitos padres, bispos e leigos mais novos que ele, ou seja, muitos de nós novos podemos morrer antes. Só Deus sabe!

O importante da sua fala é o desapego ao Ministério Petrino que exerce, ele não é um cargo de poder mundano, pelo menos não deveria ser, mas de serviço. Como Papa, ele é um irmão mais “velho” escolhido pelo Espírito para ajudar a confirmar na fé os demais irmãos. A falar do seu curto período na Cátedra de Pedro, Francisco indica a centralidade de Cristo, no lugar da centralidade do homem que ocupa o cargo. Não é mais novidade para ninguém depois que Bento XVI renunciou, aliás, foi exatamente onde Francisco quis chegar, também está disposto a abdicar se perceber que suas poucas forças lhe impõem uma tarefa impossível: conduzir o rebanho de Cristo por toda terra.

Com esta atitude, a Igreja ganha uma nova moldura, apresenta o desapego das funções, mesmo que elas sejam necessárias e boas, porém, o mais importante não são os papéis de quem serve a Deus, mas Deus que oferece as funções, a este o Papa quer servir. E Deus pode chamar para si qualquer bispo, padre ou leigo, seja jovem, no auge da idade e das forças, ou mesmo quando o vigor está se esvaindo.
As especulações sobre possíveis atentados porque o Papa pensa numa Igreja mais mãe-acolhedora, dentro da Igreja não passam de suposições infantis. Contudo, não afirmo que ele não enfrente resistências pelo seu modo de pensar, seja quem for a assumir o Governo Apostólico, terá sempre simpatizantes e pessoas que discordam em certos pontos (foro interno), mas isto não significa que estes precisem desobedecer. O outro fato é a oposição exterior, e isto ele tem, pois bateu doido nos mafiosos, no capital que gera exclusão, por estas e outras, não sejamos ingênuos, ele corre risco como correu João Paulo II, alvejado por um terrorista islâmico e o próprio Bento XVI, que incomodou muita gente e por isso, vivia na mira de fundamentalistas. Acredito que todos se recordam das manifestações realizadas por fundamentalistas islâmicos, que queimaram fotografias do Papa Emérito nas praças públicas do Oriente Médio, dizendo claramente que ele devia morrer.

Dia 25 de agosto, a imprensa italiana noticiou que o serviço secreto daquele país, descobriu um plano de membros do Estado Islâmico (EI), com o intuito de matar o Papa, chamado por eles de “portador de falsas verdades”. A notícia assusta porque são jovens também da própria Itália e outros países europeus, que vão até a Síria e Iraque para serem treinados e depois voltam para espalhar o terrorismo pelo “velho continente”, através de células responsáveis por planejar atentados em países ocidentais. Especialistas apontam que ao menos 12 mil dos combatentes do Estado Islâmico são estrangeiros. Neste caso, não podemos ser infantis, pois o Papa censurou forças poderosas, assim, não duvidemos que haja realmente pessoas e grupos querendo tirar sua vida.

Talvez aqui se encontre a maior ameaça ao Pontífice, mas não acredito que Francisco ao se referir ao pouco tempo de vida, quisesse insinuar alguma destas possibilidades, ao contrário, penso que manifestou o seu desapego e liberdade diante de Deus, que pode chamá-lo qualquer dia. E ao comentar que pode renunciar, reafirma o seu desapego diante dos homens, que geralmente fazem do poder o próprio cerne da vida. Assim, ele indica que as pessoas passam, mesmo o Papa, e Deus permanece.
O Bispo de Roma, portanto, com suas palavras quer indicar à humanidade que o caminho da realização plena não se fundamenta na autossuficiência, que faz o ser humano pensar que tudo pode, sobretudo se for detentor de riquezas e poder.

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral de Dourados.

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