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Papa manda perdoar aborto!

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Papa manda perdoar aborto!

Por ocasião do Ano da Misericórdia que ocorrerá entre oito de dezembro deste ano até 20 de novembro de 2016, o Papa Francisco descreve as diversas formas possíveis para se obter indulgências.
Entre as novidades, o Papa concede aos sacerdotes a faculdade de absolver o pecado do aborto e confirma a validação do Sacramento da Confissão realizado por sacerdotes da Fraternidade São Pio X, hoje com 589 sacerdotes no mundo.

A Fraternidade São Pio X é uma espécie de “ala” da Igreja Católica que havia se separado da Igreja Romana por descordar das resoluções do Concílio Vaticano II, depois, com Bento XVI voltou a comunhão plena, são esses padres que agora também recebem o direito de absolver do pecado do aborto.
Completo em breve 11 anos de sacerdócio, desde os primeiros meses do meu ministério recebi esta faculdade pela autoridade do bispo diocesano, por isso as notícias estão confundindo mais que esclarecendo, absolver do pecado do aborto é algo que a imensa maioria dos padres mundo afora já realizam, com a autorização da hierarquia eclesial.

O Ano Santo proclama alguns pontos importantes, como por exemplo, “um verdadeiro momento de encontro com a misericórdia de Deus”. A fé católica acredita que a indulgência, que é dada para quem se confessar e participar de algumas práticas determinadas para cada época apaga o que conhecemos como “pena”, isto é, o perdão ao cristão das penas temporais devidas a Deus pelos pecados cometidos, mas já perdoados pelo sacramento da Reconciliação, na vida terrena.

Para obter a indulgência os fiéis são chamados a realizar uma breve peregrinação rumo à Porta Santa, aberta em cada Catedral ou nas igrejas estabelecidas pelo bispo diocesano, e nas quatro Basílicas Papais em Roma, como sinal do profundo desejo de verdadeira conversão. Isto sim é uma novidade, porque o Papa universaliza mais ainda a Igreja, oferecendo a cada diocese a oportunidade de realizar seu ano da misericórdia plenamente, sem que os fiéis necessitem passar pela Porta Santa da Basílica de São Pedro, deslocando-se de seus países.
Porém, para conseguir as indulgências é importante participar dos Sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia, especialmente refletindo sobre a misericórdia. Quanto aos enfermos impossibilitados destas práticas, o Papa disse que é preciso “viver com fé e esperança jubilosa este momento de provação, recebendo a comunhão ou participando na santa Missa e na oração comunitária, inclusive por meio dos vários meios de comunicação – que será para eles o modo de obter a indulgência jubilar”.

Os presos ao rezarem todas as vezes que passarem pela porta de suas celas, lembrando-se do lugar existencial que cada um ocupa, também receberão a graça do Ano da Misericórdia. Com isso, a Igreja não está dizendo que aborto, roubos, assassinados e tantos outros crimes não são mais pecados, falsa notícia infelizmente propagada por jornalistas que desconhecem a Igreja ou que agem de má fé.
O pecado, na teologia do Sacramento da Reconciliação é a porta de entrada de todos os males individuais e sociais. Original do grego “hamartía” (άμαρτία), pecado significa errar o alvo, isto é, Deus criou o ser humano para o bem, o pecado o afasta de tal finalidade. Assim, o Ano Santo quer proporcionar a retomada da consciência de que Deus é bom e quer o bem de todos, por isso, Ele oferece sua misericórdia.
Falando do aborto especificamente, Francisco afirmou que “o drama do aborto é vivido por alguns com uma consciência superficial, quase sem se dar conta do gravíssimo mal que um gesto semelhante comporta. Muitos outros, ao contrário, mesmo vivendo este momento como uma derrota, julgam que não têm outro caminho a percorrer”.

Por isso, deve-se atender bem a quem recorreu ao aborto, que deixa cicatrizes e dores absurdas nas mulheres, sobretudo.

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral de Dourados.

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