Ouça a Rádio Coração Ao Vivo

São José de Anchieta

- Publicidade -

São José de Anchieta

A Catedral de Dourados celebrará dia nove de junho às 19h, a primeira Festa do novo Santo. Para preparar bem tal data será celebrado um Tríduo acontecerá de sexta-feira, dia seis a domingo, dia oito.

Anchieta embora não seja brasileiro de nascença, é considerado o Apóstolo do Brasil. Natural das Ilhas Canárias, chegou ao Brasil em 1597, ainda jovem e aqui tornou-se gramático, poeta e é considerado o pai da literatura brasileira e um dos fundadores da cidade de São Paulo. Beatificado pelo Papa João Paulo II em 1980, teve sua canonização, isto é, foi declarado Santo pelo Papa Francisco em 2014.

O pai revolucionário basco, que fez parte da revolta contra o Imperador Carlos V na Espanha, a mãe, por sua vez, era uma grande devota da Virgem Maria, de ambos herdou um pouco da personalidade, foi no Brasil que liderou uma revolução no campo religioso e educacional, juntamente com o Padre Manuel da Nóbrega, também da Ordem dos Jesuítas.

Chegou ao Brasil com 19 anos e só aos 32 anos de idade foi ordenado padre, portanto, boa parte dos seus feitos foram realizados antes da ordem sacerdotal. A primeira gramática tupi-guarani do Brasil foi de sua autoria, consta que além de educar e catequizar os índios, também dos defendia os abusos dos colonizadores portugueses que queriam escravizá-los e tomar-lhes as mulheres e filhos. Nesse período, em 1563, intermediou as negociações entre os portugueses e os indígenas na Confederação dos Tamoios, onde ficou como refém voluntário. Neste período escreveu o “Poema à Virgem”, o qual teria sido escrito nas areias da praia, depois trasladado para o papel.

No dia 24 abril, em sua homília, o Papa Francisco recordou a alegria de canonizar Anchieta, porque ele “soube comunicar aquilo que tinha experimentado com o Senhor, aquilo que tinha visto e ouvido d’Ele; e essa foi e é a sua santidade. Não teve medo da alegria. São José de Anchieta compôs um hino belíssimo dedicado à Virgem Maria, inspirando-se no cântico de Isaías 52, compara com o mensageiro que proclama a paz, que anuncia a alegria da Boa Notícia. Ela, que naquele alvorecer do domingo insone pela esperança, não teve medo da alegria, nos acompanha em nosso peregrinar, convidando todos a se levantarem, para entrar juntos na paz e na alegria que Jesus, o Senhor Ressuscitado, nos promete”.

Como o mesmo Papa gosta de ressaltar, assim o fez na canonização dos Santos João Paulo II e João XXII, os santos são pessoas que tocam as chagas de Cristo, porque Jesus tocou as chagas da pessoa humana, sua encarnação continua a ser um gesto de profunda comunhão com as misérias humanas. Os santos não esquecem este fato, ao contrário, são atraídos pelas dores das pessoas, se compadecem delas e procuram vivenciá-las e saná-las, de modo cotidiano, sem mágica, mas com inserção no sofrimento dos mais necessitados. O tempo do santo é voltado para o outro, embora continue sendo gente como as demais pessoas, a diferença do verdadeiro cristão, isto é, do santo, das pessoas “comuns”, é que ele sabe acolher, amar e ajudar os que o procuram.

José de Anchieta foi declarado Santo sem a necessidade de um segundo milagre, como é de costume, porque não “é o milagre que faz o santo, é Deus por intercessão do Santo que faz o milagre”. Este brasileiro de coração, Santo, é um exemplo naquilo que concerne ao amor a Deus e às pessoas, amor encarnado na realidade, através da educação, da doação aos mais frágeis e na defesa da Nação, quando nos seus primórdios teve o território invadido pelos franceses. São José de Anchieta interceda por nós.

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral de Dourados

São José de Anchieta

São José de Anchieta

Leia também

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade-
Fale com a Rádio Olá! Selecione um contato.