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16/04 – A Igreja celebra : São Benedito José Labre

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16 de abril

São Benedito José Labre, um peregrino, um mendigo de Deus

O santo de hoje enriqueceu a Igreja com sua pobreza. Nasceu na França, em 1748. Despertado muito cedo pela graça divina a uma entrega total, Benedito quis ser monge. Bateu em vários mosteiros, mas devido sua frágil saúde, não foi aceito.

Os ‘nãos’ recebidos o fizeram descobrir um modo específico de viver a vocação à santidade. Tornou-se então um peregrino, um mendigo de Deus. Foi muito humilhado, mas foi peregrinando pelos santuários da Europa, oferecendo tudo pela conversão dos pecadores.

Benedito viveu da Divina Providência. Com 35 anos, consumido pela vida de oração e meditação, entrou na glória de Deus.

São Benedito José Labre, rogai por nós!


Leitura


Leitura(Isaías 50,4-9)

50 4 O Senhor Deus deu-me a língua de um discípulo para que eu saiba reconfortar pela palavra o que está abatido. Cada manhã ele desperta meus ouvidos para que escute como discípulo;

5 (o Senhor Deus abriu-me o ouvido) e eu não relutei, não me esquivei.

6 Aos que me feriam, apresentei as espáduas, e as faces àqueles que me arrancavam a barba; não desviei o rosto dos ultrajes e dos escarros.

7 Mas o Senhor Deus vem em meu auxílio: eis por que não me senti desonrado; enrijeci meu rosto como uma pedra, convicto de não ser desapontado.

8 Aquele que me fará justiça aí está. Quem ousará atacar-me? Vamos medir-nos! Quem será meu adversário? Que se apresente!

9 O Senhor Deus vem em meu auxílio: quem ousaria condenar-me? Cairão em frangalhos como um manto velho; a traça os roerá.

  • Palavra do Senhor!

  • Graças a Deus.


Salmos


Salmo responsorial68/69

Respondei-me, pelo vosso imenso amor,

neste tempo favorável, Senhor Deus.

Por vossa causa é que sofri tantos insultos

e o meu rosto se cobriu de confusão;

eu me tornei como um estranho a meus irmãos,

como estrangeiro para os filhos de minha mãe.

Pois meu zelo e meu amor por vossa casa

me devoram como fogo abrasador;

e os insultos de infiéis que vos ultrajam

recaíram todos eles sobre mim!

O insulto me partiu o coração.

eu esperei que alguém de mim tivesse pena;

procurei quem me aliviasse e não achei!

Deram-me fel como se fosse um alimento,

em minha sede ofereceram-me vinagre!

Cantando, eu louvarei o vosso nome

e, agradecido, exultarei de alegria!

Humildes, vede isso e alegrai-vos:

o vosso coração reviverá

se procurardes o Senhor continuamente!

Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres

e não despreza o clamor de seus cativos.


Evangelho


Evangelho (Mateus 26 14-25)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, 26 14 um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e perguntou-lhes:

15 “Que quereis dar-me e eu vo-lo entregarei”. Ajustaram com ele trinta moedas de prata.

16 E desde aquele instante, procurava uma ocasião favorável para entregar Jesus.

17 No primeiro dia dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram-lhe: “Onde queres que preparemos a ceia pascal?”

18 Respondeu-lhes Jesus: “Ide à cidade, à casa de um tal, e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer-te: Meu tempo está próximo. É em tua casa que celebrarei a Páscoa com meus discípulos’”.

19 Os discípulos fizeram o que Jesus tinha ordenado e prepararam a Páscoa.

20 Ao declinar da tarde, pôs-se Jesus à mesa com os doze discípulos.

21 Durante a ceia, disse: “Em verdade vos digo: um de vós me há de trair”.

22 Com profunda aflição, cada um começou a perguntar: “Sou eu, Senhor?”

23 Respondeu ele: “Aquele que pôs comigo a mão no prato, esse me trairá.

24 O Filho do Homem vai, como dele está escrito. Mas ai daquele homem por quem o Filho do Homem é traído! Seria melhor para esse homem que jamais tivesse nascido!”

25 Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: “Mestre, serei eu?” “Sim”, disse Jesus.

  • Palavra da Salvação.

  • Glória a Vós, Senhor!


Comentário do Evangelho


Um de Vós vai me trair…

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz – Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

É o mesmo relato de ontem, mas agora do jeito de MATEUS. No evangelho de ontem, quando Jesus vai anunciar que será traído, o texto fala que ele está angustiado e perturbado em seu espírito, lembram-se? Podem conferir o texto de João… Pois no evangelho de hoje, essa angústia e aflição muda de lado, são os discípulos que ficam angustiados e aflitos, e começam a indagar “Senhor, por acaso serei eu?”. E Pedro, logo ele, dá uma cutucada em João, que estava perto do Mestre, quer saber quem é o desavergonhado, quem sabe, para tomar uma providência…

O Jesus de Mateus, que escreve para a comunidade Cristã Judaica, é firme e não demonstra nenhuma perturbação quando anuncia a traição. É que Mateus apresenta um Jesus fiel á missão, e que cumpre toda a Vontade do Pai, com firmeza e determinação. Entretanto, há algo que o leitor fica se perguntando, “Se ele cumpre a vontade do Pai, porque demonstrou sua indignação ao dizer “Ai daquele que irá trair o Filho do Homem, melhor seria que não tivesse nascido…”. Ora, se era vontade do Pai, então Judas estava fazendo o seu papel, e estava, por assim dizer “Colaborando” para que tudo acontecesse, conforme o previsto… Jesus até poderia trata-lo bem, era preciso que alguém o traísse para que ele fosse condenado á morte, e Judas aceitou o papel de traidor…

Esta seria uma leitura ingênua desse evangelho, pois facilmente podemos cair no fatalismo, “Deus quis assim e foi feita sua vontade”. Coitado do nosso Deus, quantas desgraças e tragédias jogamos em suas costas… Aliás, tem gente que se safa de situações apertadas jogando a culpa em Deus ou no Diabo.

Com toda certeza, muitas vezes Jesus conversou com Judas, expos sua missão, exortou-o a não entrar pelo caminho errado, disse-lhe do perigo que corria, ao confundir o seu Messianismo com alguma ideologia política e ali á mesa, deu-lhe a última dica…uma oportunidade para Judas pensar no assunto, rever a sua atitude, quem sabe, usar o seu livre arbítrio e mudar de vida, por fidelidade a Jesus, mesmo que não compreendesse bem o seu messianismo naquele momento, pois Pedro também não entendia, mas o aceitou como ele era.

Portanto, não se trata do anuncio de uma fatalidade, mas um jogo de palavras, mostrando que a questão estava em aberto e Judas ainda poderia dar outro rumo á sua vida. Assim que Judas saiu de cena, rompendo portanto com a comunidade, Pedro, querendo amenizar o mal entendido, e melhorar o clima do jantar, já no Horto das Oliveiras, quando Jesus anuncia que ele será motivo de queda para todos eles, vai apresentar-se como diferente, o melhor e o mais fiel de todos, “Para mim jamais serás motivo de queda, Senhor”. Com essas palavras Pedro estava dizendo que Jesus podia contar com ele sempre… Pobre Pedro! Que ducha de água fria levou na cabeça, quando Jesus diz que ele irá negá-lo por três vezes, antes que o galo cantasse…

Nossas mãos não tocam no mesmo prato, o pão com Jesus, mas tocam em Jesus que é o Pão da Eucaristia, somos tão íntimos dele como Judas o era, e todos os discípulos. Seria um erro pensar que o nosso pecado é bem menor que o de Judas e de Pedro, na própria comunidade caímos em contradição, quem dirá quando estamos fora dela. E por que agirmos dessa maneira, ao estilo de Pedro ou de Judas? Por que diferente do Jesus de Mateus, buscamos a nossa vontade, que coincide com a vontade de Pedro e de Judas: vencer pelo caminho mais fácil, chegar á glória da ressurreição, sem ter de passar pelo triste trajeto do calvário, que nos assusta e amedronta…


Oração


“Nós vos adoramos Senhor Jesus, e vos bendizemos, porque pela vossa Santa Cruz redimistes o mundo”…

16/04 - A Igreja celebra : São Benedito José Labre

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