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Como o Papa Francisco vê a China? Isto diz Cardeal Parolin

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15/05/2019 10h41

Como o Papa Francisco vê a China? Isto diz Cardeal Parolin

O Purpurado recordou que, em setembro de 2018, a Santa Sé e o governo chinês assinaram “um acordo provisório sobre a nomeação de bispos na China”.

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O Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, assegurou recentemente que o Papa Francisco vê a China “como um grande país” e como “uma grande cultura, rica em história e sabedoria”, e destacou que o acordo assinado entre ambas as partes em 2018 é principalmente um “ponto de partida”.

Em uma entrevista concedida ao jornal chinês ‘Global Times’, o Cardeal Parolin manifestou “os cumprimentos, os melhores desejos e orações do Papa Francisco” para “os líderes, mas também para todo o povo da China”.

O Purpurado recordou que, em setembro de 2018, a Santa Sé e o governo chinês assinaram “um acordo provisório sobre a nomeação de bispos na China”.

“Os dois lados estão muito conscientes de que esse ato constitui o ponto de chegada de uma longa viagem, mas é, sobretudo, um ponto de partida”, disse.

“Os canais de comunicação estão funcionando bem. Há elementos que demonstram uma confiança crescente entre os dois lados”, acrescentou, destacando que o método do diálogo “parece positivo” e “nos dá esperança de que podemos gradualmente chegar a resultados concretos”.

O Cardeal Parolin destacou que “a verdadeira natureza do diálogo” é algo que está “particularmente próximo ao coração do Papa Francisco”.

“No diálogo, nenhum dos dois lados renuncia a sua própria identidade ou o que é essencial para realizar sua própria tarefa. A China e a Santa Sé não estão discutindo teorias sobre seus respectivos sistemas, nem querem reabrir perguntas que agora já pertencem à história”, disse.

“Em vez disso, estamos buscando soluções práticas para as vidas de pessoas reais que desejam praticar sua fé pacificamente e oferecer uma contribuição positiva ao seu próprio país”.

O Secretário de Estado do Vaticano reconheceu que, “como geralmente acontece em temas complexos”, não deveria “ser uma surpresa se há críticas, que podem surgir tanto na Igreja como na China ou em outro lugar”.

“De fato, parece-me humano e cristão mostrar compreensão, atenção e respeito por aqueles que expressam essas críticas”, assinalou, mas acrescentou que, “obviamente, as críticas que vêm de posições preconceituosas e que parecem buscar preservar velhos equilíbrios geopolíticos são outro assunto”.

“Para o Papa Francisco – que está muito por dentro do que tem acontecido, inclusive em um passado recente –, o principal interesse no diálogo em curso está no nível pastoral: está fazendo um grande ato de confiança e respeito pelo povo chinês e sua cultura milenar, com a esperança bem fundamentada de receber uma resposta igualmente sincera e positiva”.

Um dos primeiros frutos deste diálogo, assinalou, é que “por um lado, estamos começando a superar condenações recíprocas, nos conhecemos melhor uns aos outros, nos escutamos melhor, entendemos a necessidade daqueles envolvidos no diálogo de uma forma melhor”.

O Cardeal Parolin assinalou que “a Santa Sé espera que a China não tenha medo de entrar em diálogo com o resto do mundo e que as nações do mundo darão crédito às aspirações profundas do povo chinês”.

“Desta forma, com todos trabalhando juntos, estou certo de que seremos capazes de superar a desconfiança e construir um mundo mais seguro e próspero”, expressou, lembrando que, “nas palavras do Papa Francisco, diríamos que somente estando unidos podemos superar a globalização da indiferença, trabalhando como criativos artesãos da paz e promotores audazes da fraternidade”.

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Imagem referencial / Bandeira da China. Foto: PxHere / Domínio público.

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