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Conselho de Segurança da ONU pede imediata cessação de hostilidades em Gaza

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Conselho de Segurança da ONU pede imediata cessação de hostilidades em Gaza

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) pediu neste domingo (20) “a imediata cessação de hostilidades” na faixa de Gaza e expressou sua “séria preocupação” com a
Mapa mostra localização de Israel, Cisjordânia e Gaza
Em declaração lida aos jornalistas pelo presidente rotativo do Conselho, o ruandês Eugene Gasana, o órgão diz que os 15 países membros pedem um “retorno ao acordo de cessar-fogo de novembro de 2012” entre Israel e o Hamas.

O conselho também agradece os esforços do Egito para que o movimento palestino Hamas e Israel alcancem um cessar-fogo, trabalho no qual está sendo apoiado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

A declaração foi dada a jornalistas após uma reunião de duas horas realizada a portas fechadas, em caráter de emergência na sede da ONU, em Nova York, para analisar a situação nessa região do Oriente Médio.

Segundo o texto, o conselho faz um apelo para “o respeito das leis humanitárias internacionais, incluindo a proteção dos civis”, insistindo na necessidade de conseguir tréguas entre as duas partes por razões humanitárias.

Também expressa sua “séria preocupação” com o crescente número de vítimas e diz que o pedido para um cessar-fogo deve se basear nos convênios assinados em novembro de 2012 que permitiram a cessação de hostilidades em Gaza.

O ministro israelense da Defesa, Moshé Yaalon, no entanto, disse que a “operação continuará até que seja retomada a calma” no sul do país e não excluiu a convocação de mais reservistas “se for necessário”.

Yaalon disse que até o momento foram atingidos mais de 2.700 alvos na faixa de Gaza.

Desde o dia 8 de julho, mais de 500 palestinos já morreram, incluindo cerca de 100 crianças, e cerca de 3.000 ficaram feridos no conflito em Gaza. O número de mortos aumentou depois do massacre de Sajaya, neste sábado, o dia mais sangrento.

São 13 os israelenses mortos nos conflitos até o momento. O governo de Israel desmentiu o sequestro de um soldado por parte do Hamas.

Moon no Oriente Médio

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon está de viagem pelo Oriente Médio a fim de impulsionar com líderes regionais um cessar-fogo, depois que neste domingo se viveu em Gaza o dia mais violento dos últimos dias, com mais de 60 palestinos e 13 soldados israelenses mortos.

Ban voltou a condenar a violência da ofensiva israelense contra Gaza e fez apelos para um cessar-fogo. Na capital do Catar, Doha, ele se reuniu com líderes palestinos e com autoridades do país. Depois desta etapa foi para o Kuwait para depois continuar com sua viagem ao Cairo, Jerusalém, Ramala e Amã.

Entenda a ofensiva de Israel em Gaza

  • Como o novo conflito começou?

A tensão aumentou drasticamente após o sequestro de 3 jovens israelenses na Cisjordânia, em junho. Israel então fez missão de busca que prendeu 420 palestinos e matou 6 inocentes. Após 18 dias, os corpos dos jovens foram achados. Vários grupos jihadistas assumiram o crime. Mas Israel culpa o Hamas, que não se posicionou. Depois, um palestinos de 16 anos foi morto em Jerusalém por judeus radicais

  • Em qual contexto político o crime aconteceu?

As relações entre os governos israelense e palestino já estavam tensas desde que, em abril, Hamas e Fatah anunciaram governo de unidade nas regiões autônomas palestinas. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que o novo governo reconhece os acordos de paz assinados, mas Israel acha que Abbas não pode fechar acordo com Israel e, ao mesmo tempo, com o Hamas, que quer a destruição de Israel

  • Por que a área do conflito é polêmica?

Os jovens israelenses eram de assentamentos em território palestino da Cisjordânia considerados ilegais pela ONU por violar o artigo 49 da Quarta Convenção de Genebra, de 1949, que proíbe a transferência violenta de população civil para outro Estado. Israel discorda dessa interpretação e alegando que a área nunca teria sido parte de um Estado soberano e que o acordo não se aplica ali

  • Por que a ONU fala em “emergência humanitária”?

A ofensiva de Israel está cada vez mais sangrenta. Em menos de duas semanas, mais de 400 palestinos foram mortos nos ataques em Gaza. Cerca de 53 mil soldados israelenses agem em uma pequena faixa de terra de 362 km2, ondem vivem meio à extrema pobreza 1,8 milhão de palestinos. A ONU diz que mais de 3/4 das vítimas são civis e já são mais de 80 mil desabrigados

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