26/11/2015 10h39
“Força-Tarefa” do MP investigará lixões clandestinos
Douradonews
Audiência Pública realizada na noite de quarta-feira (25) na Câmara Municipal de Dourados debateu a questão dos lixões clandestinos na cidade e traçou em uma ata, medidas discutidas junto a população para enfrentar a situação. Entre as estabelecidas, uma força-tarefa será conduzida pelo Ministério Público para investigar esses locais e outras ainda serão apontadas junto a órgãos competentes.
Na oportunidade autoridades políticas e civis falaram sobre o problema enfrentado pelo município.
Um vídeo foi exibido mostrando lixões na MS-156 e no Altos do Indaiá e outros em locais como Estrela Verá e Portalzinho também foram citados. O promotor Ricardo Rotunno conduziu uma palestra com o tema, na qual falou sobre a dificuldade enfrentada na cidade, mesmo com uma estrutura razoável para atender a questão.
“Temos o aterro sanitário, aterro industrial, a Agecold (Associação dos Agentes Ecológicos de Dourados), além das instituições que atuam nessa causa e somos uma das poucas cidades que conta com tudo isso. Vemos então que a questão da conscientização tem sido falha e estamos aqui para trabalhar isso, mas vemos que a ações punitivas serão essenciais”, disse.
Após a explanação do promotor foi aberta oportunidade para perguntas e sugestões do público que foram discutidas e ajudaram na formulação da ata. Rotunno citou que cerca de 60 ações correm no Ministério Público sobre ilícitos ambientais e que a partir de agora o órgão focará mais nessa questão.
“Vamos agir com rigor na questão ambiental em especial a dos lixões e focar em punir de forma permanente e rápida que prejudicar o meio ambiente, a saúde pública”, citou.
O presidente do Comdam (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Dourados), Ataulfo Stein, citou que a cidade tem evoluído na estrutura de correta destinação do lixo e que isso continua a ser buscado com previsão de mais pontos de coleta.
“Somos a primeira cidade do Centro-Oeste a ter o aterro particular e a primeira do MS a ter aterro público. Temos também uma coleta de lixo eficiente e temos a previsão de mais cinco ecopontos na cidade, mas isso de nada adianta se a população não parar de jogar resíduo em local indevido” afirmou.
Ao final da audiência foram traçadas as seguintes medidas na ata: Elaboração de um disk denúncia, força-tarefa do Ministério Público, identificação dos locais que tem sido usados como lixão com placas que esclareçam sobre o crime ambiental, palestras de conscientização em escolas, mais informação a população sobre os eco pontos e ampliação dos mesmos, além da colocação de guardas nos lugares utilizados para incorreta destinação do lixo.
Os pontos estabelecidos serão repassados as autoridades competentes.
