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Governador chora ao se defender e fala que “bando usurpou o país”

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23/05/2017 08h16

Governador chora ao se defender e fala que “bando usurpou o país”

Na oportunidade, Azambuja negou veementemente as acusações do empresário e chorou ao se defender com citação de nunca ter apoiado irregularidades ou recebido dinheiro indevido.

Douradosnews

O governador de Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja (PSDB) concedeu coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (22), na governadoria em Campo Grande. O tema abordado foram as acusações durante delação de Wesley Batista, um dos donos da JBS, sobre um suposto esquema de corrupção no Estado com pagamento de propinas em troca de isenção fiscal à empresa.

Na oportunidade, Azambuja negou veementemente as acusações do empresário e chorou ao se defender com citação de nunca ter apoiado irregularidades ou recebido dinheiro indevido.

Logo no início de seu pronunciamento, o governador afirma que a empresa conta no Estado com os mesmos benefícios que as outras do setor.

“No ramo de frigorífico enquadramos os créditos de benefícios para investimentos. Temos 31 empresas de frigoríficos que contam com esse benefício, ou seja não é algo exclusivo da JBS. Fizemos isso por entender que essa isonomia trouxe resultado no Estado”, diz.

Quanto a doações feitas por parte de empresas para sua campanha ao Governo em 2014, ele afirma que tudo está relatado corretamente em prestação de contas. Conforme destaca, a JBS teria doado a quantia de R$ 10 mi.

“Quanto a questão das delações sobre a questão de doações, as únicas doações que eu tive estão aqui nas minhas prestações de contas da campanha. Eu recebi R$ 25 mi na minha campanha de 2014 de inúmeras empresas, naquele período isso era permitido. A empresa JBS doou para o PSDB nacional e apresentaram uma planilha de excel 4 remessas de R$ 2,5 mi, total de R$ 10 mi e isso está na minha prestação de contas”, conta.

Sobre visitas dos representantes da empresa na governadoria, ele afirma que sempre foram constantes para ” se discutir investimentos no Estado”.

Azambuja nega ter recebido valores “por fora” da empresa, bem como nega apontamentos sobre notas frias e falsas, com ênfase a afirmação de que provará a inexistência de tais fatos.

“Na questão de que recebemos dinheiro em espécie é uma mentira deslavada, isso nunca houve, tudo que eu recebi está aqui na minha prestação de contas totalmente declarado. Disseram que tivemos relação com notas falsas e notas frias isso também não existe, tanto que vai ser comprovado dentro do regramento legal de mostrar essas incoerências”, diz.

Ele afirma ainda sobre transparência das informações quanto a ele e ao Estado.

“O Estado de MS vai prestar todas as informações, não temos nada a esconder, todos os atos são públicos. Eu Reinaldo Azambuja também vou prestar todos os esclarecimentos a imprensa, aos órgãos públicos e vou levar o nosso lado”, cita.

O governador aproveita o momento para falar sobre sua trajetória política e critica o fato dos empresários da JBS terem se “apoderado” do país e também a generalização de políticos como criminosos.

“Eu tenho 20 anos de vida pública comecei em 1997, tenho orgulho do que eu fiz até hoje, vou até as ultimas consequências para provar a nossa inocência com esse bando que usurpou do Brasil, colocaram mais de 1860 políticos do país como se fossem criminosos e para mim não interessa os outros. Eu vou provar que sobre mim estão mentindo com documentos, com o que precisar para ser provado”, diz.

Emocionado, Azambuja chora ao citar ser inocente e falar sobre seu patrimônio e o de sua família.

“Me orgulho do que fiz na vida pública e nunca deixei de prestar contas […] É inaceitável esse grupo que usurpou do nosso país jogar na lama o nome de pessoas honradas e honestas. Eu tenho orgulho da minha vida pública, tudo que eu tenho na minha vida, foi constituído com minha família, com a família da minha esposa, não me envergonho disso, apresentei tudo, tenho minhas contas todas declaradas, meu patrimônio. Vocês sabem que fui até vítima de uma gozação na época da campanha de governador que eu era o candidato mais rico do Brasil, mas eu digo pra vocês, o que nós temos foi constituído do trabalho de pessoas honestas, não tiramos nada de ninguém e essa defesa eu vou fazer até os últimos dias para provar para vocês o que nós estamos dizendo”, comenta.

O representante do Estado finaliza ao citar que as provas apresentadas nas delações são insuficientes.

“Agora que prove que uma planilha de Excel que não tem nada de substancial prove que nós desviamos algo de nosso Estado ou nos apropriamos indevidamente de algo que não nos pertencia”, destaca.

Chefe do Executivo estadual ficou emocionado em coletiva e disse que vai até o fim pra provar inocência- Foto: Campo Grande News

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