Governo do estado adia aula para o dia 19 e contratados só devem receber em abril
Fonte: Dourados News
O governador Reinaldo Azambuja cedeu ao pedido da Associação dos Municípios do Mato Grosso do Sul (Assomasul) que pediu o adiamento do ano letivo previsto para o dia 9 de fevereiro. Com a decisão, as aulas na rede estadual e em grande parte das cidades do interior começam dia 19. Na rede municipal de Dourados e de Campo Grande, por exemplo, permanece dia 9.
O adiamento das aulas foi anunciado nesta quarta-feira pela Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS). Segundo a entidade, as férias dos professores da Rede Estadual também foram prorrogadas até o dia 11 de fevereiro (quarta-feira) e os educadores devem se apresentar nas unidades escolares a partir do dia 12 de fevereiro (quinta-feira).
Ainda de acordo com a Fetems, o adiamento das aulas é uma decisão que acabe apenas ao governo e a entidade entende que os professores não concursados serão prejudicados nesse processo. Há grande chance de pelo menos 9,5 mil profissionais da educação de todo o estado só receberem a partir de abril.
O presidente da Fetems, Roberto Botareli, diz que o adiamento das aulas não irá prejudicar o ano letivo, embora ele reconheça que a maioria das escolas terão que ajustar o calendário de aula, com reposição. “Nosso foco principal, nesse momento, é o reajuste salarial”, afirmou.
Já a presidente do Simted (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Dourados) Gleice Barbosa, diz que o adiamento penaliza as escolas que terão que alterar o calendário letivo aprovado no ano passado, bem como os estudantes que poderão estudar aos sábados para repor aulas. “Isso também é muito ruim para os professores contratados que estavam na expectativa de trabalhar agora no início do mês”, conclui.
Economizar dinheiro
Ao atender o pedido da Assomasul, Reinaldo garante aos municípios uma economia de 10 dias com transporte escolar e pagamento de professores contratados. Os prefeitos das cidades pequenas alegam crise financeira e a educação seria uma das formas de contenção de despesa.