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Papa Francisco: Um homem que paga pelo sexo é um criminoso e tortura a mulher

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21/03/2018 07h47

Papa Francisco: Um homem que paga pelo sexo é um criminoso e tortura a mulher

“Se um jovem que tem esse hábito, é um criminoso. Quem faz isso é um criminoso. Isso não é fazer amor, mas torturar uma mulher”, disse.

Acidigital

O Papa Francisco advertiu hoje que o tráfico de seres humanos é um “problema greve”, e assinalou que se um jovem tem esse “hábito” de pagar pelo sexo, é “um criminoso” e tortura a mulher.

“Se um jovem que tem esse hábito, é um criminoso. Quem faz isso é um criminoso. Isso não é fazer amor, mas torturar uma mulher”, disse.

O Santo Padre fez esta afirmação em suas respostas a algumas perguntas dos jovens que participam a partir de hoje da reunião pré-sinodal do Sínodo dos Bispos sobre os jovens a ser realizado no próximo mês de outubro.

Em um diálogo aberto e próximo, o Santo Padre respondeu às inquietudes que lhe foram apresentadas por diferentes jovens, e que falaram a respeito do flagelo do tráfico de seres humanos, do discernimento vocacional, da educação, do sacerdócio e da vida consagrada.

  • Vítimas do tráfico

A primeira pergunta foi realizada por uma mulher nigeriana, vítima do tráfico de seres humanos e da exploração sexual. Francisco mostrou o seu horror por essa realidade, por essa “escravidão atual”.

Ela contou que em uma visita a uma casa de acolhida de mulheres que haviam sido libertadas lhe contaram como sofriam torturas, ameaças e violência se tentassem resistir. Muitos vêm da África ou da Europa Oriental, enganadas com uma falsa proposta de emprego.

Além disso, manifestou o seu escândalo pelo fato de que muitas pessoas que exploram estas mulheres ou são “clientes” são pessoas batizadas. “Acho que aqui na Itália, 90% dos ‘clientes’ são batizados, são católicos. E penso no nojo que estas mulheres devem sentir quando esses homens fazem qualquer coisa com elas.

O Papa foi muito claro e assegurou que a escravidão sexual “é um crime contra a humanidade, um crime contra a humanidade, e nasce de uma mentalidade doente”.

  • Discernimento

Em resposta a outra pergunta de um jovem estudante francês não batizado que assegurou estar assando por momento de discernimento para descobrir a sua vocação, o Santo Padre disse que, somente fazendo-se esta pergunta ela deu um grande passo.

Francisco assegurou que “todos nós precisamos de discernimento”. Nesse sentido, lamentou que “muitas comunidades eclesiais não sabem como fazer, e falta essa capacidade de discernimento”.

“Na vida, sempre é necessário, em primeiro lugar, ter a coragem de falar as coisas que você percebe. Mas nem todas as coisas podem ser faladas com todos, procure alguém em quem você confie. Alguém que não tem medo de nada, que saiba escutar, e que tenha o dom do Senhor de dizer a palavra certa no momento certo, e deixe que ele seja questionado por sua inquietude, e deixe-se desafiar por ele”.

Sublinhou a importância do discernimento, porque “quando um jovem não encontra esse caminho de discernimento, não só vocacional, mas em qualquer aspecto, ele terminará mal, e isso causará um tumor na sua alma. Um peso que tira a sua liberdade. É importante abrir tudo. Não maquiar o sentimento, nem disfarçar o sentimento”.

E acrescentou que “o processo de discernimento dura toda a vida. Deixe sair o sentimento, não anestesiado, não diminuído”.

  • Educação

A terceira pergunta foi feita por uma jovem professora argentina de Scholas Occurrentes, que lamentou que, às vezes se educada em verdades construídas da razão que enfraquece o sentido de transcendência.

O Santo Padre reconheceu essa realidade e falou de “estruturas escolares onde têm muitos conhecimentos, mas onde se perde a capacidade de surpreender-se”.

Assegurou que este problema “é uma herança educacional do Iluminismo, que atualmente é muito criticado. Na verdade, a experiência de Scholas chegou a reverter esta tendência em muitos lugares”.

Frente a esse modelo escolar, herança do Iluminismo, o Papa propôs três diretrizes. “Em primeiro lugar, aprender a pensar bem, não só aprender coisas, mas buscar com o pensamento, usar a linguagem do coração”.

“Em segundo lugar, a linguagem do coração, aprenda a sentir bem. Esse é o problema do bullying, que é um problema de não saber sentir-se bem. Educar o sentimento, e isso não é tão comum nas escolas herdeiras do Iluminismo. Em terceiro lugar, a linguagem das mãos, fazer, ser artesãos e criadores.

  • Preparação para o sacerdócio

A quarta pergunta para o Papa foi realizada por um jovem seminarista ucraniano. Em sua resposta, Francisco afirmou que o sacerdote deve dar testemunho de Cristo, porque “o sacerdote que não é testemunha de Cristo, faz muito mal. Erra, engana as pessoas…, faz mal”.

Nesse sentido, sublinhou a importância de que o sacerdote dê testemunho em uma comunidade que também dê testemunho, porque “de outra maneira, o sacerdote estará afetivamente sozinho em uma comunidade que não o acompanha, que só quer que ele seja como sacerdote funcional”.

Na última pergunta, formulada por uma religiosa de origem chinesa, o Pontífice explicou que “a verdadeira formação religiosa na vida consagrada deve ter quatro pilares: a formação na vida espiritual, a formação na vida intelectual, a formação na vida comunitária e a formação na vida apostólica”.

E afirmou que “isso também é válido para os leigos. É importante educar em todas as potencialidades sem anular, sem proteger demais, porque uma pessoa se torna psicologicamente imatura”.

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