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Presidente da CNBB recebe organizadores de ato contra a reforma da Previdência

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13/12/2017 07h35

Presidente da CNBB recebe organizadores de ato contra a reforma da Previdência

O grupo de apoio da mobilização, formado por integrantes de movimentos populares de camponeses, foi recebido pelo presidente da CNBB em audiência que contou com a presença dos assessores das Comissões Episcopais Pastorais para a Ação Social Transformadora e para o Laicato.

CNBB

O arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Sergio da Rocha, recebeu na manhã de terça-feira, 12, representantes de movimentos populares envolvidos nas mobilizações contra a reforma da Previdência. O grupo de camponeses e de membros de Comissões de Justiça e Paz apresentou a iniciativa de mobilização e conscientização marcada pela greve de fome que acontece há oito dias no Anexo 2 da Câmara dos Deputados.

O grupo de apoio da mobilização, formado por integrantes de movimentos populares de camponeses, foi recebido pelo presidente da CNBB em audiência que contou com a presença dos assessores das Comissões Episcopais Pastorais para a Ação Social Transformadora e para o Laicato. Dom Sergio priorizou ouvir o que os representantes tinham a dizer. A atitude foi descrita pelos presentes como gesto humano, solidário e, sobretudo, de pastor.

Bruno Pilon, do Movimentos de Pequenos Agricultores, contou que os grupos chegaram a uma análise sobre o contexto brasileiro, no qual é discutida a Proposta de Emenda à Constituição 287/2016, a Reforma da Previdência. Pilon observou que os trabalhadores brasileiros visualizam a retirada do “direito mais precioso, que é a previdência, a seguridade social”.

O ativista continuou relatando que a PEC pretende impor condições que impossibilitariam a aposentadoria para os camponeses e camponesas, indígenas e quilombolas: “As barreirais impostas fariam com que a gente perdesse esse direito [de se aposentar]”.

Segundo Pilon, os movimentos não encontraram outra forma de chamar atenção e retirar o projeto da pauta sem ser com uma ação radical. Com mais de 7 dias de greve de fome, os mobilizadores ainda não foram recebidos pela presidência da Câmara dos Deputados, que já pretende pautar o tema para votação no próximo dia 19.

Fazem greve de fome há oito dias: frei Sérgio Görgen, frade franciscano; Josi Costa e Leila Denise, membros do Movimento de Pequenos Agricultores. Outros grupos também tomaram a atitude em Sergipe, no Rio Grande do Sul e no Espírito Santo, além de mais quatro pessoas que aderiram à ação em Brasília.

“Estamos fazendo esse jejum duro para tentar sensibilizar ao máximo da população, em especial os parlamentares que estão com essa decisão em suas mãos. O que a gente está querendo afirmar com esse ato de coragem desses companheiros e companheiras é que a gente prefere que algumas pessoas passam fome por uns dias para que nossa humanidade, a sociedade brasileira, não passe fome por uma vida inteira. Por que, ficar sem o direito de se aposentar é tirar o direito de uma pessoa comprar sua comida, comprar o seu remédio e ter o resto da sua vida com um pouco de paz”.

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