Renata Loures
Canção Nova Notícias
Um belo exemplo de superação. Matheus Henrique, tem uma deficiência no braço esquerdo, mas isso, não o impediu de ser um campeão de natação. Aos 16 anos, Matheus dá uma aula de força de vontade e perseverança. Quem conta essa história é a repórter Renata Loures.
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Na pasta, os pais orgulhosos colecionam as reportagens das vitórias do filho. Matheus nasceu com uma deficiência no braço esquerdo devido a uma má formação congênita. Mas isso não o impediu de ser um vencedor.
Aos 16 anos já é tricampeão dos jogos regionais e dos jogos abertos do interior. Já conquistou duas medalhas de ouro e uma de prata, além de ter quebrado duas vezes o recorde brasileiro de 100m peito.
Em janeiro deste ano, mais uma conquista: foi convocado para a Seleção Brasileira Paraolímpica de Natação. “Ele chorou, abraçou a irmã, foi uma explosão de alegria, um presentão”, contou a mãe, Andrelina Maria Figueira da Silva.
Todo este sucesso não veio fácil. Matheus treina mais de 2h todos os dias e ainda faz musculação pra manter o preparo físico. Tanto esforço aliado ao apoio da família contribuiu para essa história de vitória e superação.
Superar a deficiência física foi fácil perto da paralisia emocional que atormentou o atleta. Durante um momento difícil, Matheus chegou a pensar em desistir da natação. Não queria mais treinar nem competir. Foi uma conversa franca com o pai que o fez superar a fase.
O pai, Álvaro da Silva, conta que explicou “que se ele continuasse atoa teria uma consequência ruim e se treinasse, tivesse um objetivo na vida, com certeza no futuro ele colheria os resultados”.
“Ali foi um recomeço”, conta Matheus. “Como se eu nascesse de novo para a natação. Quando tive a conversa com meu pai meu emocional foi lá em cima. Deu vontade de chorar. Aí a ficha caiu, eu percebi que tava fazendo a coisa errada”.
Atualmente Matheus está se preparando para duas competições na Grécia e Alemanha na semana que vem. Para o treinador a viagem vai ser importante para que Matheus ganhe experiência. Mas o que ele quer mesmo, é voltar com mais medalhas para se juntar às tantas que enfeitam a moldura na parede.
A foto mostra que desde pequeno Matheus já se sentia feliz na água. E é assim que ele quer continuar por muito tempo.
“O Matheus sem a natação não é nada. A natação pra mim agora é minha vida”, diz Matheus convicto.