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Hoje a Igreja celebra: São Roberto Belarmino

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São Roberto Belarmino

Sábado, 17 de setembro de 2011


Celebramos o grande santo jesuíta, Belarmino, que nasceu em Montepulciano, no centro da Itália, em 1542. Querido pelos pais e de muitas qualidades, era irmão de cinco religiosos, dentre os doze, que enriqueciam a família dos dedicados pais.

Quando os padres da Companhia de Jesus abriram um colégio em Montepulciano, Roberto foi um dos primeiros alunos na matrícula e no desempenho. O contato com os padres fez com que o jovem mudasse sua primeira idéia de ser médico, para inclinar-se em favor da vida religiosa jesuíta.

Depois de conseguir a permissão do pai, que ao contrário da mãe, apresentava uma certa resistência frente a opção do amável filho, Belarmino com 18 anos, iniciou e concluiu de maneira brilhante sua formação religiosa e seus estudos de filosofia e teologia, tanto que antes de ser ordenado sacerdote foi enviado como professor e pregador em Lovaina, na Bélgica, onde ficou dez anos.

Teve importante papel na aplicação do Concílio de Trento, já que ajudou na formação apologética dos teólogos e pregadores responsáveis na defesa da fé. Neste sentido Roberto, muito contribuiu ao escrever sua obra de nome “Controvérsia” e o livro chamado “Catecismo”. Em sua obra “Controvérsias”, Belarmino explana os seus três grandes amores. Trata da Palavra de Deus, de Cristo cabeça da Igreja e do Sumo Pontífice.

Era também diretor espiritual do Colégio Romano, tendo sob sua responsabilidade a formação ascética dos alunos que muito o respeitavam e admiravam. O Papa Clemente VIII o elevou a cardeal com esta motivação:

“Nós o escolhemos porque não há na Igreja de Deus outro que possa equiparar-se ele em ciência e sabedoria”.

Quando ficou muito doente em setembro de 1621, os confrades foram testemunhas do último diálogo dele com Deus: “Ó meu Deus, dai à minha alma, asas de pomba, para que possa voar para junto de vós”. Morreu no dia 17 do mesmo mês, e pelos seus escritos recebeu o título de Doutor da Igreja.

São Roberto Belarmino, rogai por nós!


Hoje: Dia da Compreensão Mundial


Leitura

Primeira Leitura (1 Timóteo 6,13-16)
Leitura da primeira carta de são Paulo a Timóteo.

Em presença de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Cristo Jesus, que ante Pôncio Pilatos abertamente testemunhou a verdade,
recomendo-te que guardes o mandamento sem mácula, irrepreensível, até a aparição de nosso Senhor Jesus Cristo,
a qual a seu tempo será realizada pelo bem-aventurado e único Soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores,
o único que possui a imortalidade e habita em luz inacessível, a quem nenhum homem viu, nem pode ver. A ele, honra e poder eterno! Amém.


Salmo 99/100

Com canto apresentai-vos diante do Senhor!

Aclamai o Senhor, ó terra inteira,
servi ao Senhor com alegria,
ide a ele, cantando jubilosos!

Sabei que o Senhor, só ele, é Deus,
ele mesmo nos fez, e somos seus,
nós somos seu povo e seu rebanho.

Entrai por suas portas dando graças
e em seus átrios com hinos de louvor;
dai-lhe graças, seu nome bendizei!

Sim, é bom o Senhor e nosso Deus,
sua bondade perdura para sempre,
seu amor é fiel eternamente!


Evangelho (Lucas 8,4-15)

Naquele tempo, havia se reunido uma grande multidão: eram pessoas vindas de várias cidades para junto dele. Ele lhes disse esta parábola:
“Saiu o semeador a semear a sua semente. E ao semear, parte da semente caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram.
Outra caiu no pedregulho; e, tendo nascido, secou, por falta de umidade.
Outra caiu entre os espinhos; cresceram com ela os espinhos, e sufocaram-na.
Outra, porém, caiu em terra boa; tendo crescido, produziu fruto cem por um”. Dito isto, Jesus acrescentou alteando a voz: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!”

Os seus discípulos perguntaram-lhe a significação desta parábola.
Ele respondeu: “A vós é concedido conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos outros se lhes fala por parábolas; de forma que vendo não vejam, e ouvindo não entendam. 11 Eis o que significa esta parábola: a semente é a palavra de Deus.

Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouvem; mas depois vem o demônio e lhes tira a palavra do coração, para que não creiam nem se salvem.
Aqueles que a recebem em solo pedregoso são os ouvintes da palavra de Deus que a acolhem com alegria; mas não têm raiz, porque crêem até certo tempo, e na hora da provação a abandonam”.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Uma reflexão pronta e mastigada… Será?

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz – Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Escute Lucas, porque o Senhor, quando escreveu esse evangelho, já deu a homilia prontinha? A gente não tem muito que refletir, o Senhor explicou sobre cada um dos três tipos de solos, que a semente caiu, e as conseqüências de cada um deles…

Lucas – Sim, isso eu fiz, porque as comunidades do meu tempo, bem depois de Jesus, tinham dificuldade em compreender essa parábola, eu lembrei que o Mestre tinha uma explicação mais detalhada para o grupo dos discípulos…

E por que esse privilégio? Para o povão contava a parábola e depois em casa explicava para os discípulos…

Lucas – Era preciso que se fizesse dessa maneira, o grupo teria que ser muito bem preparado porque mais á frente eles iriam assumir a missão de Jesus e tinham que fazer bonito nos ensinamentos…

Está certo, da mesma forma que hoje, todos quantos têm a responsabilidade de pregarem a Palavra, sejam leigos ou ministros ordenados, têm que ser bem preparados. Mas da parábola em si, o que dá prá gente pensar nos dias de hoje…

Lucas- Vocês do Terceiro Milênio do Cristianismo, não devem ficar olhando em redor, julgando as pessoas para saber quem é Terra boa e quem é Terra ruim e improdutiva, ou terra com pedregulho., ou cheia de espinhos…ou aquela terra dura á beira do caminho…

Mas Lucas, não é importante a gente conhecer bem as pessoas e saber com quem a gente pode contar?

Lucas – Não! Isso é julgar as pessoas, coisa que somente Deus pode fazer. Esses tipos de terra que a parábola menciona, está dentro do coração do homem, tudo misturado, pode reparar, às vezes tem terra dura no coração, ou tem pedregulho, ou tem espinho que sufoca a semente, quantas coisas há no coração humano que impede a Palavra de frutificar: inconstância, indiferença, desprezo, ou mesmo quando a Palavra produz frutos, tem vez que dá cem por cento, outras vezes sessenta ou trinta por cento… esse solo imprevisível é o coração do homem… que tem que ser transformado pela Palavra. Mas quanta resistência… Nosso Mestre sabia disso e por isso contou essa parábola…

2. O autêntico discípulo é aquele que ouve a palavra e a põe em prática

(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva – e disponibilizado no Portal Paulinas)

Nesta parábola o destaque é o “ouvir a palavra” e as diferentes respostas. O autêntico discípulo é aquele que ouve a palavra e a põe em prática, dando frutos de amor e comunhão de vida com o próximo e com Deus.

Como estímulo à ação missionária, a parábola exprime o crescimento eficaz do Reino. Existem os corações bons e generosos que recebem a Palavra e que dão abundantes frutos.

Diferente de Mateus, que acentua a separação entre os discípulos que ouvem a palavra e os obstinados que a rejeitam, Lucas o ameniza. Lucas é o evangelista da misericórdia de Deus, sempre pronto a acolher a todos.

3. PRODUZIR FRUTOS NA PERSEVERANÇA

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Perseverança é uma palavra-chave na vida dos discípulos do Reino. Sem esta virtude, a vida cristã tende a ser estéril e, por conseguinte, indigna de quem aderiu a Jesus.

A vida cristã vai se construindo como um contínuo combate contra as forças do anti-Reino, sempre prontas a desarticular o projeto de Deus no coração de quem se dispõe a acolhê-lo.

A Palavra semeada é imediatamente arrebatada, quando a pessoa não tem suficiente motivação para ser discípula de Jesus. Representa aqueles aos quais falta disposição para levarem a sério o projeto do Mestre. Outros chegam até a acolher a Palavra com alegria. Quando, porém, chega o momento da provação e o discipulado se torna uma cruz pesada, são levados a abandonar o caminho iniciado, dando as costas para Jesus.

Há os que se mostram generosos na escuta a Palavra, mas são incapazes de seguir adiante, quando se defrontam com as preocupações, as riquezas e os prazeres da vida. Estas mundanidades tornam-se tão atrativas, a ponto de fazê-los esquecer de Jesus e do compromisso assumido com ele.

Só produz os frutos desejados quem se predispõe a abrir caminho em meio às contrariedades, sem jamais abrir mão de sua adesão a Jesus. Pelo contrário, as dificuldades levam-no a aprofundar os vínculos que o unem ao Mestre, de modo a não se desviar, um só milímetro, de sua fé. Nem mesmo a perspectiva de perseguição e morte fá-lo-á ser menos fiel. É a perseverança para além dos desafios do compromisso com o Reino!

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