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Hoje a Igreja celebra: Santa Rita de Cássia

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Santa Rita de Cássia

Terça-feira, 22 de maio de 2012


Nasceu na Itália, em Cássia, no ano de 1380. Seu grande desejo era consagrar-se numa vida religiosa. Mas, segundo os costumes de seu tempo, ela foi entregue em matrimônio para Paulo Ferdinando.

Tiveram dois filhos, e ela como mãe buscou educá-los na fé e no amor. Porém, eles foram influenciados pelo pai, que antes de se casar se apresentava com uma boa índole, mas depois se mostrou fanfarrão, traidor, entregue aos vícios. E seus filhos o acompanharam.

Rita então, chorava, orava, intercedia e sempre dava bom exemplo. Seu esposo acabou sendo assassinado. Não demorou muito, seus filhos também morreram. Seu refúgio era Jesus Cristo. A santa de hoje viveu os impossíveis de sua vida se refugiando no Senhor. Rita quis ser religiosa. Já era uma esposa santa, tornou-se uma viúva santa e depois uma religiosa. Ela recebeu um estigma na testa, que a fez sofrer muito, devido a humilhação que sentia, pois cheirava mal e incomodava aos outros. E teve que viver resguardada. Morreu com 76 anos, após uma dura enfermidade que a fez sofrer por 4 anos.

Hoje ela intercede pelos impossíveis de nossa vida.

Santa Rita de Cássia, rogai por nós!


Hoje:

Dia do Apicultor


Leituras

Leitura (Atos 20,17-27)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.

20 17 Mas de Mileto mandou a Éfeso chamar os anciãos da igreja.

18 Quando chegaram, e estando todos reunidos, disse-lhes: “Vós sabeis de que modo sempre me tenho comportado para convosco, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia.

19 Servi ao Senhor com toda a humildade, com lágrimas e no meio das provações que me sobrevieram pelas ciladas dos judeus.

20 Vós sabeis como não tenho negligenciado, como não tenho ocultado coisa alguma que vos podia ser útil. Preguei e vos instruí publicamente e dentro de vossas casas.

21 Preguei aos judeus e aos gentios a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus.

22 Agora, constrangido pelo Espírito, vou a Jerusalém, ignorando a que ali me espera.

23 Só sei que, de cidade em cidade, o Espírito Santo me assegura que me esperam em Jerusalém cadeias e perseguições.

24 Mas nada disso temo, nem faço caso da minha vida, contanto que termine a minha carreira e o ministério da palavra que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho ao Evangelho da graça de Deus.

25 Sei agora que não tornareis a ver a minha face, todos vós, por entre os quais andei pregando o Reino de Deus.

26 Portanto, hoje eu protesto diante de vós que sou inocente do sangue de todos,
27 porque nada omiti no anúncio que vos fiz dos desígnios de Deus”.


Salmo 67/68

Reinos da terra, cantai ao Senhor.

Derramastes lá do alto uma chuva generosa,
e vossa terra, vossa herança, já cansada, renovastes;
e ali vosso rebanho encontrou sua morada;
com carinho preparastes essa terra para o pobre.

Bendito seja Deus, bendito seja cada dia
o Deus da nossa salvação, que carrega os nossos fardos!
Nosso Deus é um Deus que salva, é um Deus libertador;
o Senhor, só o Senhor, nos poderá livrar da morte!


Evangelho (João 17,1-11)

Naquele tempo, 17 1 Jesus afirmou essas coisas e depois, levantando os olhos ao céu, disse: “Pai, é chegada a hora. Glorifica teu Filho, para que teu Filho glorifique a ti;
2 e para que, pelo poder que lhe conferiste sobre toda criatura, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe entregaste.

3 Ora, a vida eterna consiste em que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste.

4 Eu te glorifiquei na terra. Terminei a obra que me deste para fazer.
5 Agora, pois, Pai, glorifica-me junto de ti, concedendo-me a glória que tive junto de ti, antes que o mundo fosse criado.

6 Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus e deste-mos e guardaram a tua palavra.

7 Agora eles reconheceram que todas as coisas que me deste procedem de ti.

8 Porque eu lhes transmiti as palavras que tu me confiaste e eles as receberam e reconheceram verdadeiramente que saí de ti, e creram que tu me enviaste.
9 Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.

10 Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado.

11 Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me encarregaste de fazer conhecer, a fim de que sejam um como nós”.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. “A Vida Eterna já nos foi dada…”

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz – Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Se pudéssemos fazer um gráfico comparativo entre os evangelhos sinóticos e o de João, iríamos perceber que nos sinóticos, na medida em que vai chegando a paixão e morte de Jesus, a linha do gráfico vai decaindo, tudo começou tão bem, atingiu o auge mas agora o Messianismo de Jesus parece que está acabando em nada, e a linha vai chegar no zero.

No evangelho Joanino tudo é diferente, e na medida em que se aproxima a paixão e a morte do Senhor, a linha do gráfico vai subindo de forma ascendente atingindo o ponto mais alto, o cume do messianismo: Jesus é Deus verdadeiramente! Por isso a palavra “Glorificação” é importante e só nesse evangelho aparece meia dúzia de vezes… Mas essa glorificação deve ser bem entendida, senão fica parecendo, na nossa linguagem humana, uma rasgação de elogio e jogação de confete entre o Pai e o Filho, quando na verdade o que está em jogo é a vida e o destino de toda humanidade.

A glorificação de Jesus significa a total restauração do Ser humano, Jesus não só resgata o homem para o paraíso, ele o coloca em um trono e o homem, doravante, fará parte da Divindade Trinitária, o homem deixa o caos desordenado do pecado e passa á luz da Graça de Deus, ou seja, em Jesus, o Homem Novo, Deus renova toda a humanidade e a sua glória se irradia em cada ser humano.

Por isso que a glorificação de Jesus têm continuidade nos seus discípulos, pois assim como Jesus e o Pai formavam uma unidade perfeita, agora em Jesus, o homem começa a participar dessa unidade. A obra de Jesus foi terminada, o elo entre Deus e o Homem foi refeito, e a Vida de comunhão com Deus tornou-se uma realidade. Eliminada essa distância que havia entre Deus e o homem, na Teologia Joanina a Vida Eterna já foi dada a cada ser humano.

Precisamente esta Vida Eterna presente em nós na Graça Santificante e Operante, é que dá um novo significado á nossa existência naquilo que somos e fazemos, no que falamos e pensamos, em tudo isso resplandece á Luz Divina e assim, Jesus e o Pai são glorificados.

A oração de Jesus, chamada nesse capítulo 17, de Oração sacerdotal, é a oração que pede, mas ao mesmo tempo que se propõe a fazer, aquilo que pediu ao Pai. Jesus pede que nenhum dos que o Pai deu a ele, se percam, mas para que a oração seja atendida, Jesus irá dar o precioso dom da sua Vida, deixando-se imolar, pagando assim um alto preço para nossa renovação e total restauração.

A oração de Jesus é no sentido de que esse novo homem agora seja forte e não caia mais nas seduções do “mundo” do mal como ocorrera com nossos primeiros pais. Jesus, o homem novo, pressionado pelas forças do mal, quando estava no mundo, as derrotou com a morte na cruz, agora a pressão do mal será sobre os discípulos, que tem em Jesus essa mesma força, capaz de superar todo o mal e assim sacramentar a vitória de Jesus tornando-a definitiva.

2. Oração da unidade

(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva – e disponibilizado no Portal Paulinas)

O evangelista João, em conclusão ao longo diálogo entre Jesus e seus discípulos, na última ceia, apresenta a sublime oração da unidade, dirigida por Jesus ao Pai. A glória do Pai, na terra, foi a realização da obra de Jesus, que é a comunicação da vida eterna, alcançada na vida de amor, em comunhão com o próximo e com Jesus. Com sua dedicação e empenho em promover a vida dos marginalizados e carentes, Jesus revela que a vontade do Pai é que todos sejam um, sem as barreiras que separam a sociedade em ricos privilegiados e excluídos espoliados e empobrecidos.

3.ORAÇÃO DA UNIDADE

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

O capítulo 17 do Evangelho de João contém a bela oração da unidade, de Jesus ao Pai, concluindo o longo diálogo com os discípulos após a última ceia. A glória do Pai, na terra, foi a realização da obra de Jesus, comunicando vida eterna aos discípulos que acolheram e guardaram a palavra do Pai e creram que Jesus é o seu enviado. Jesus roga pelos discípulos que não têm mais a presença dele no mundo. E é glorificado naqueles que testemunham o amor e dão continuidade à missão libertadora e vivificante que glorifica o Pai.

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