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Hoje a Igreja celebra: São Maurício e companheiros mártires

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São Maurício e companheiros mártires

Sábado, 15 de setembro de 2012


Hoje Roma, muitas vezes é chamada de Cidade Eterna, onde encontramos a Cátedra de São Pedro, ocupada pelo atual Papa Bento XVI.

Roma é considerada pelos católicos como sinal visível do Sacramento Universal da Salvação, a Igreja; porém, para que isto ocorresse, muitos mártires deram a vida para “comprarem” com o sangue a vitória do Cristianismo sobre o Império Romano, que em 381 dobrou os joelhos diante do verdadeiro Deus e verdadeiro homem: Jesus Cristo.

São Maurício e companheiros faziam parte da tropa dos valentes guerreiros e mártires do Senhor, que estiveram envolvidos no massacre da Legião Tebana. O imperador Diocleciano, precisando combater as tropas que ameaçavam o Império no Oriente, foi ao amigo Maximiano para que o mesmo organizasse um forte exército. Tendo feito progresso, o imperador mandou que o exército parasse para descansar e oferecer sacrifícios aos deuses em sinal de agradecimento.

Imediatamente os soldados cristãos se opuseram a tal ordem: “Somos teus soldados e não menos servidores de Deus. Sabemos perfeitamente a nossa obrigação como militares, mas não nos é lícito atraiçoar o nosso Deus e Senhor. Estamos prontos a obedecer a tudo que não contrarie a lei de Jesus Cristo.”

Começaram a matar parte deste grupo e o oficial Maurício com seus companheiros foram os que mais se destacaram, pois acolheram, por amor e fé em Jesus Cristo, a palma do martírio, dando assim, o mais perfeito testemunho.

Providencialmente, ou seja, como sinal da grande fidelidade destes cristãos, o local à beira do Rio Ródano ficou conhecido como Martigny, nome que deriva de mártir. Este fato ocorreu por volta do ano 286, e é certo que no século seguinte foi elevada uma basílica no lugar da execução e que, no ano 520, Sigismundo, rei da Borgonha, construiu lá um mosteiro que subsiste ainda e deu origem à cidade de São Maurício na Suíça.

São Maurício e companheiros, rogai por nós!


Hoje:

Dia do Cliente, Dia Nacional do Musicoterapeuta


Leituras

Leitura (1 Coríntios 15,35-37.42-49)
Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios.

15 35 Mas, dirá alguém, como ressuscitam os mortos? E com que corpo vêm?
36 Insensato! O que semeias não recobra vida, sem antes morrer.
37 E, quando semeias, não semeias o corpo da planta que há de nascer, mas o simples grão, como, por exemplo, de trigo ou de alguma outra planta.
42 Assim também é a ressurreição dos mortos. Semeado na corrupção, o corpo ressuscita incorruptível;
43 semeado no desprezo, ressuscita glorioso; semeado na fraqueza, ressuscita vigoroso;
44 semeado corpo animal, ressuscita corpo espiritual. Se há um corpo animal, também há um espiritual.
45 Como está escrito: “O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente”; o segundo Adão é espírito vivificante.
46 Mas não é o espiritual que vem primeiro, e sim o animal; o espiritual vem depois.
47 O primeiro homem, tirado da terra, é terreno; o segundo veio do céu.
48 Qual o homem terreno, tais os homens terrenos; e qual o homem celestial, tais os homens celestiais.
49 Assim como reproduzimos em nós as feições do homem terreno, precisamos reproduzir as feições do homem celestial.


Salmo 55/56

Na presença do Senhor, andarei na luz da vida.

Meus inimigos haverão de recuar
em qualquer dia em que eu vos invocar;
tenho certeza: o Senhor está comigo!

Confio em Deus e louvarei sua promessa;
é no Senhor que eu confio e nada temo:
que poderia contra mim um ser mortal?

Devo cumprir, ó Deus, os votos que vos fiz,
e vos oferto um sacrifício de louvor,
porque da morte arrancastes minha vida
e não deixastes os meus pés escorregarem,
para que eu anda na presença do Senhor,
na presença do Senhor na luz da vida.


Evangelho (Lucas 8,4-15)

Naquele tempo, 8 4 havia se reunido uma grande multidão: eram pessoas vindas de várias cidades para junto dele. Jesus lhes disse esta parábola:
5 “Saiu o semeador a semear a sua semente. E ao semear, parte da semente caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram.
6 Outra caiu no pedregulho; e, tendo nascido, secou, por falta de umidade.
7 Outra caiu entre os espinhos; cresceram com ela os espinhos, e sufocaram-na.
8 Outra, porém, caiu em terra boa; tendo crescido, produziu fruto cem por um”. Dito isto, Jesus acrescentou alteando a voz: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!”
9 Os seus discípulos perguntaram-lhe a significação desta parábola.
10 Ele respondeu: “A vós é concedido conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos outros se lhes fala por parábolas; de forma que vendo não vejam, e ouvindo não entendam. 11 Eis o que significa esta parábola: a semente é a palavra de Deus.
12 Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouvem; mas depois vem o demônio e lhes tira a palavra do coração, para que não creiam nem se salvem.
13 Aqueles que a recebem em solo pedregoso são os ouvintes da palavra de Deus que a acolhem com alegria; mas não têm raiz, porque crêem até certo tempo, e na hora da provação a abandonam.
14 A que caiu entre os espinhos, estes são os que ouvem a palavra, mas prosseguindo o caminho, são sufocados pelos cuidados, riquezas e prazeres da vida, e assim os seus frutos não amadurecem.
15 A que caiu na terra boa são os que ouvem a palavra com coração reto e bom, retêm-na e dão fruto pela perseverança”.


COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A semente em cada um

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz – Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Escute Lucas, porque o Senhor, quando escreveu esse evangelho, já deu a homilia prontinha? A gente não tem muito que refletir, o Senhor explicou sobre cada um dos três tipos de solos, que a semente caiu, e as consequências de cada um deles…

Lucas – Sim, isso eu fiz, porque as comunidades do meu tempo, bem depois de Jesus, tinham dificuldade em compreender essa parábola, eu lembrei que o Mestre tinha uma explicação mais detalhada para o grupo dos discípulos…

E por que esse privilégio? Para o povão contava a parábola e depois em casa explicava para os discípulos…

Lucas – Era preciso que se fizesse dessa maneira, o grupo teria que ser muito bem preparado porque mais á frente eles iriam assumir a missão de Jesus e tinham que fazer bonito nos ensinamentos…

Está certo, da mesma forma que hoje, todos quantos têm a responsabilidade de pregarem a Palavra, sejam leigos ou ministros ordenados, têm que ser bem preparados. Mas da parábola em si, o que dá prá gente pensar nos dias de hoje…

Lucas- Vocês do Terceiro Milênio do Cristianismo, não devem ficar olhando em redor, julgando as pessoas para saber quem é Terra boa e quem é Terra ruim e improdutiva, ou terra com pedregulho, ou cheia de espinhos… Ou aquela terra dura á beira do caminho…

Mas Lucas, não é importante a gente conhecer bem as pessoas e saber com quem a gente pode contar

Lucas – Não! Isso é julgar as pessoas e só Deus pode julgar. Esses tipos de terra que a parábola menciona, está dentro do coração do homem, tudo misturado, pode reparar, às vezes tem terra dura no coração, ou tem pedregulho, ou tem espinho que sufoca a semente, quantas coisas há no coração humano que impede a Palavra de frutificar… Inconstância, indiferença, desprezo, ou mesmo quando a Palavra produz frutos, tem vez que dá cem por cento, outras vezes sessenta ou trinta por cento… Esse solo imprevisível é o coração do homem… Que tem que ser transformado pela Palavra, mas quanta resistência… Nosso Mestre sabia disso e por isso contou essa parábola…

2. A palavra que produz frutos

(O comentário do Evangelho abaixo é feito por José Raimundo Oliva – e disponibilizado no Portal Paulinas)

Lucas apresenta esta parábola de Jesus, elaborada a partir de imagens tiradas da experiência de vida dos camponeses da Galileia. Após apresentação da parábola, segue-se a explicação aos discípulos.

No ato da semeadura, as várias sementes lançadas pelo semeador cairão em terrenos diferentes. Embora nos primeiros terrenos não vinguem, na terra boa dará abundantes frutos.

A palavra que é falada e ouvida produz frutos. Contudo, é necessária a paciência de tempo e lugar. Há o lugar certo e o tempo certo. Embora sejam grandes as adversidades, sempre haverá aqueles que se deixarão tocar pela palavra. E, no tempo certo, através deles dará seus frutos em abundância, na compaixão, na solidariedade, na justiça e no amor.

3. NÃO TER MEDO DE PERDER

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A parábola do semeador tinha em vista levar os discípulos a serem realistas no seu serviço ao Reino. Ingenuamente, eles imaginavam a Palavra sendo acolhida e vivida por todos. Anteviam o Reino lançando raízes no coração de toda gente, gerando conversão. Contavam com ele, tendo a primazia na vida das pessoas, de modo que estas não cederiam às solicitações de mais ninguém. Em suma, os discípulos não contavam com a perda.

As coisas, na verdade, não se passavam assim, e a tentação de desanimar era forte. O fracasso deixava-os bloqueados, pois desconheciam a dinâmica do Reino. Jesus tentou fazê-los superar este horizonte equivocado e seguir adiante sem ter medo de perder.

O semeador deu-se por satisfeito e recompensado pela quarta parte da semente que produzira frutos. Ele sabia que as sementes caídas à beira do caminho seriam comidas pelos passarinhos. As caídas em terreno pedregoso haveriam de secar logo, por faltar-lhes umidade. As lançadas em meio aos espinhos seriam sufocadas por eles. E mais: mesmo as que caíram em terra fértil, não frutificariam do mesmo modo. Mas, nem por isso ele se recusou a semear. Estava certo de que os frutos viriam com certeza, embora contando com perdas inevitáveis.

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