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Doação de órgãos é tema de palestra e de redação

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16/03/2016 08h19

Doação de órgãos é tema de palestra e de redação

Dept. Com. EIC

Foi por meio de uma conversa com a coordenadora da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (DIDOHTT) do Hospital Universitário da UFGD (HU), dra. Mirna Matsui, que os alunos do terceiro ano e curso pré-vestibular da EIC souberam mais sobre a doação de órgãos em Dourados, já que o HU é o hospital credenciado para captação na cidade.

A palestrante apresentou aos estudantes todas as informações sobre o cumprimento de uma série de protocolos bastante criteriosos, para os quais os médicos do HU/UFGD estão preparados e contam com uma equipe multidisciplinar, que age em grupo para que a captação possa ser feita. A médica deixou bem claro o principal princípio para a doação: a autorização da família, após a realização de exames neurológicos que identifiquem a ausência de atividade cerebral – a chamada morte encefálica. Ela também expos a bateria de testes para certificar que o paciente não tenha doenças infecto-contagiosas, infecções ou alterações estruturais decorrentes de traumas ou acidentes, por exemplo. “Desde o diagnóstico até a retirada dos órgãos há muito estresse e cuidado da equipe para que os órgãos possam ser retirados em tempo hábil e com qualidade para serem implantados na melhor condição possível”, disse a médica.

Em meio a uma série de perguntas feita pelos alunos, o que deu um tom de diálogo bastante aberto ao encontro, a especialista foi cumprindo sua missão de esclarecer sobre o processo de doação a fim de aumentar o número de doações e notificações de doadores de órgãos. “Esse encontro, com uma faixa etária extremamente curiosa e abordando morte e doação, dois temas não muito discutidos por questões de tabu, tira todas as dúvidas que eles possam ter e é muito bom”, considerou a médica.

Maria Rita B. Rodrigues, aluna do cursinho em 2015 e aprovada em Medicina na UNEMAT, aproveitou que estava em Dourados para ouvir a médica. “É inspirador ter o contato com a área profissional que você deseja seguir. Quando se conversa com alguém [de medicina] vemos o que realmente acontece e não o que idealizamos para a profissão”, destacou como principal “lição” levada, já que ouviu da palestrante a dificuldade de lidar com a situação de morte do paciente junto à família e até mesmo consigo.

  • Tema de redação

Além do conhecimento técnico adquirido com a presença da médica intensivista, os alunos também receberam, da professora de redação, Cristine Medeiros, uma coletânea com várias informações sobre o tema. A partir de todos os esses dados, eles produzirão redação sobre o tema nesta quarta-feira (16). “Temos abordado temas sociais que podem contribuir para os alunos enfrentarem provas de redação do Enem e de vestibulares e também as questões de atualidades. Além disso, a consciência sobre a importância dos transplantes é relevante para que percebam também o papel social do indivíduo. Creio que muitos deles podem ser sensibilizados para esse ato de amor por meio dessa discussão”, disse a professora.

“Achei interessante porque, com a palestra, temos de onde tirar informações verdadeiras e, ao mesmo tempo, podemos aprender mais sobre o tema. No que se refere à doação, ela [dra. Mirna] despertou a motivação para ajudar o próximo e também esclareceu muita coisa”. Assim avaliou o aluno Leonardo Venceslau Soares a experiência vivida. Já Bárbara Eberhard revelou que esse não é um tema muito próximo a ela e que nunca havia pesquisado sobre o assunto. “Foi interessante conhecer mais a fundo isso. Como é algo que diz respeito a algo que alguém precisa para viver, fiquei muito interessada. Não tinha a menor noção do número de pessoas que precisam de órgãos e nem do de doadores. Agora, consigo dimensionar isso melhor”, revelou, dizendo-se pronta para fazer a redação sobre o tema.

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