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É tempo de escolha

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É tempo de escolha

Vivemos numa democracia, embora adolescente. Neste sistema de governo, nascido na Grécia, cinco séculos antes de Cristo, o povo é quem governa, por meio dos seus representantes, por isso, denomina-se “governo do povo”, quando todos os cidadãos elegíveis deveriam participar igualmente das decisões da nação, porque seus representantes votam e criam leis. A democracia, exercida pelo voto, precisaria possibilitar a todas as pessoas de todas as condições sociais, econômicas e culturais o exercício livre e igual da política.

Contudo, mesmo no berço da democracia já havia distorções, em Atenas só os homens, filhos de pai e mãe atenienses, livres e maiores de 21 anos votavam, enquanto estrangeiros, escravos e mulheres eram grupos excluídos da participação política. Esta prática perseguiu as democracias ao longo dos séculos, pois muitas vezes, valeu apenas para uma elite. Assim, a democracia se revela como imperfeita, mas é o sistema de governo, “menos ruim”, e só pode ser considerada democracia se os cidadãos exercerem seus direitos e deveres conscientemente.

Por isso, fala-se em voto consciente, voto obrigatório, voto facultativo, são modalidades de votar no exercício construtivo da cidadania. O voto não é o único meio de construir e aprimorar a democracia, porém, tem uma importância muito significativa, pois, através dele se escolhe os representantes e governantes que fazem e executam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Disto decorre que o voto precisa ser valorizado e exercido de modo consciente.

Consciente? Um eleitor prearado para bem exercer sua cidadania não aceita a ideia de que todos os políticos são iguais. Isto é uma expressão da falta de consciência política que se espalhou no inconsciente coletivo, e que tem seus propagadores, com interesses bens definididos, são aqueles que se beneficiam “do quanto pior, melhor”, isto é, quanto mais o povo se corrompe, mais fácil para alguns viverem da corrupção.
O eleitor responsável e que deseja mudanças, acompanha a vida dos políticos pelo noticiário da grande mídia e por meio de outras fontes, manda e-mails, pergunta, pesquisa, para saber se eles fazem bem aquilo que se propuseram e se não se comprometeram com coisas erradas. Se estas informações são verificadas com cuidado, e são positivas, vale a pena repetir o voto, o que dói é perceber que são inúmeros aqueles que têm a vida comprovadamente corrupta e a cada eleição são eleitos, às vezes, com uma quantidade expressiva de votos, estes eleitores ou não acompanham a vida do candidato ou simplesmente têm a mesma mentalidade corrupta do pretendente.

Nosso sistema é a democracia representativa, neste caso, os políticos, nossos representantes, usando um silogismo, deveriam ser como um espelho da população. Pensando assim, o povo brasileiro seria um povo sem compromisso com a ética, a julgar pelos casos de corrupção abundantemente anunciados todos os dias na vida pública. De fato, se não houver cuidado, somos levados a acreditar que a população é toda corrupta, que todos querem tirar proveito. É bem verdade que existe uma mentalidade muito perniciosa no Brasil, de levar vantagem, do jeitinho, da “esperteza”, mas isto não pode caracterizar o jeito de ser do nosso povo.

Existe sim, uma gama imensa da população que é trabalhadora, honesta, e que, se não sabe votar e acompanhar seus representantes, é porque lhe foi negado o direito de conhecer os mecanismos que proporcionam a conscientização, entre eles, podemos destacar uma educação cidadã, de qualidade.
Neste domingo, cinco de outubro, será oportunizada mais uma vez, a possibilidade de melhorar o país, através de um dos instrumentos da democracia, o voto. Não deixar de votar, e ao fazê-lo, escolha pessoas que não estejam envolvidadas em escândalos, que tenham propostas, que suas atitudes demonstrem que são capazes de cumprir o que prometem.
Viva a democracia!

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral de Dourados

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