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Marcos Feliciano e Jean Wyllys

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Marcos Feliciano e Jean Wyllys

O país acompanha a polêmica estabelecida na Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional. Não é possível afirmar que o embate seja de fato pela defesa de direitos, é fácil perceber a luta ideológica dos atores em destaque, dois personagens até pouco tempo sem expressão política: Marcos Feliciano do PSC e Jean Wyllys do PSOL, representam duas diferentes linhas ideológicas.

Não defendo a causa de nenhum deles, defendo a fé que professo, mas talvez, algumas considerações possam contribuir para uma breve reflexão. A Comissão de Direitos Humanos foi marcada ultimamente pela defesa das chamadas minorias, as quais tentam se impor a qualquer custo, tendo o deputado Jean Wyllys como um dos mais ferrenhos defensores; a população evangélica não é maioria, por isso também pode se considerar parte da minoria, o que a credencia para defender seus direitos, a saber: a união heterossexual, não ao aborto, entre outros, embora não sejam somente os evangélicos a defenderem tais bandeiras.

O deputado pastor Marco Feliciano, defende a posição daqueles que lidera, e também foi eleito pelo povo. Apesar de não conhecê-lo mais profundamente, e até discorde de algumas das suas falas, ele está “ajudando” o Brasil a verificar que democracia se constrói no embate das ideias e não na imposição de um pensamento, que despreza inclusive a maioria.

Num país em que a maioria elege seus líderes, precisamos perguntar de que lado está a população? População que vem sendo bombardeada pela grande mídia que escolheu um lado, massacrando outro, o lado cristão, pois quando se defende o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a liberação da maconha, a mídia subliminarmente apresenta essas ideias como progressistas, como parte do direito de expressão, mas aqueles que se colocam contrários, são rechaçados de retrógrados, esses não têm direito a expressar seu pensamento.

Contudo, na Comissão de Constituição e Justiça, os deputados condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), João Paulo Cunha e José Genoíno são deixados de lado, a imprensa não faz o estardalhaço que vem fazendo com o pastor Marco Feliciano. Preocupa-me, o fato de Feliciano (que muitos discordam), ser pisado por defender preceitos bíblicos, se ele usou palavras homofóbicas ou racistas precisa ser provado. Já o deputado Jean Wyllys falou muitas inverdades sobre o Papa Bento XVI, até o chamou de nazista, não foi processado e não houve nenhuma reação da grande mídia. Isso denota claramente uma perseguição religiosa. Por que uns podem dizer o que querem sem serem criminalizados e outros não?

Na França, onde quase um milhão de pessoas protestou contra as políticas liberais do Presidente François Hollande, de esquerda, a mídia acusou os cristãos de intolerantes, eles que não fizeram arruaça, não depredaram o patrimônio público e privado, mas a igreja de Marco Feliciano foi depredada pelos “tolerantes” brasileiros.

Que conclusão se pode tirar destes fatos? A democracia no Brasil está se tornando intolerante, diálogo não pode ser campanha de ódio e difamação – de ambos os lados. Mas estas duas figuras contestadas, ora de um lado, ora de outro, serão, nas próximas eleições, com certeza, ovacionadas como heróis, porque lhes foram oferecidos espaços midiáticos que não mereciam. E aqueles que não concordam com a postura dos mesmos, que acreditam que eles não prestaram um serviço ao país, serão obrigados a tê-los na vida pública, e podem acreditar, com uma votação muita expressiva.

Pe. Crispim GuimarãesPároco da Catedral de Dourados

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