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O controle das máquinas

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O controle das máquinas

Inteligência humana e inteligência tecnológica, a segunda premissa ainda é consequência da primeira, mas não saberemos até quando. Ficção? Cada dia menos!

O papa João Paulo II, na década de oitenta, profeticamente falou que a humanidade corria o risco de ter sua vida dominada por máquinas, até mesmo por um super-robô, ainda adolescente na época pareceu-me exagero. Hoje, a realidade prova que o filósofo polonês tinha razão.

Poucos dias atrás uma pane, ou ainda não descartado ataque cibernético, parou a bolsa de valores de Nova Iorque, segundo um dos principais jornais da área econômica do mundo, cancelando cinco mil voos nos Estados Unidos. Pois bem, não estarei pensando exageradamente num apocalipse?
O fato ocorrido nos EUA recentemente acendeu o alarme para algo que pode estar muito próximo, antes mesmo que uma bomba atômica seja lançada contra outras nações, como declaração de guerra. O que sabemos é que não vivemos mais sem as máquinas: celulares, computadores, etc., tudo interligado, o dinheiro quase não existe mais, nos bancos ele não passa de pontos nos computadores e não mais moedas, cédulas.

Os criminosos das redes sociais, que agem sozinhos ou em organizações, até mesmo representando nações, aperfeiçoam-se rapidamente e ataques cibernéticos serão mais frequentes. Se um desses for bem coordenado, agindo, por exemplo, no sistema financeiro, um país rico, tornar-se-á pobre em fração de segundos. Se o dinheiro depositado nos bancos sumirem, as pessoas não têm mais como comprar…, inclusive alimentos, provocando saques, consequentemente muita violência.

Se atingir o sistema elétrico, para todos os meios de transporte, os sistemas de saúde, a produção industrial, inclusive a produção de petróleo, interrompendo o funcionamento de automóveis que transportam pessoas e bens. As cidades não terão como comprar e transportar alimentos, por exemplo, as fazendas poderão ver apodrecer os grãos sem poder transportá-los, pois as máquinas ficarão impossibilitadas de funcionar. Os milhares de aviões simultaneamente voando não terão como pousar nos aeroportos, gerando acidentes aéreos sem precedentes.

Porém, o mais grave poderá acontecer se hacker entrar no sistema que controla o arsenal atômico das nações e provocar uma pane que lance mísseis aleatoriamente, falseando um comando de guerra. O que sobrará da humanidade, já que essas armas podem destruir o planeta várias vezes?
O progresso tecnológico, indiscutivelmente facilitou a vida do homem, porém, a sua velocidade, ganância e, muitas vezes, sua desvinculação da ética colocou o ser humano numa terrível encruzilhada, seu próprio progresso, também poderá apressar a sua destruição.

Assim, o Papa de ontem e santo de hoje, São João Paulo II, como filósofo e profundo conhecedor do ser humano, prognosticou algo que aos seus olhos era evidente, e para muitos, como eu, parecia delírio.
Vamos imaginar só alguns acontecimentos que podem ocorrer conosco, simples mortais: ficar um dia sem celular, sem TV, computador, sem luz (sem geladeira), uma semana sem carro. Imaginarão? Tudo isso é possível, basta interromper as linhas de transmissão de eletricidade, portanto, não existe exagero.
O conhecimento tecnológico, tão caro a todos nós, também é nossa ponta mais frágil. Um capítulo à parte que assistiremos muito em breve será o advento das nanotecnologias, futuro promissor, contudo se a ética e o ser humano estiverem em segundo plano, colocaremos em risco nossa sobrevivência na terra.

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral de Dourados.

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