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“Pai, que todos sejam um…”

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“Pai, que todos sejam um…”

Nós cristãos descobrimos – depois de séculos de oposição entre si, que Aquele que nos une: Jesus Cristo é a razão que nos faz irmãos e não inimigos. Por isso, como todos os anos, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), promove a Semana de Oração para a Unidade dos Cristãos (SOUC), em 2013, de 12 a 19 de maio.

Neste ano, o tema será: “O que Deus exige de nós?”. Esta indagação bíblica, interpela todos que creem em Jesus Cristo, sobre o que concretamente estamos fazendo para que o Reino de Deus se instale definitivamente entre nós. Muitas atitudes humanas atrapalharam a nossa caminhada comum, essas geraram muitas incompreensões, marcando-nos, não como povo que tem um só Senhor e Pai, um só Salvador, mas como adversários.
Quando presenciamos um levante conjuntural de perseguição às comunidades cristãs de todas as denominações em todo planeta, o tema da unidade parece abrir espaço para uma tomada de consciência do nosso papel no mundo: anunciar o Deus que é amor, que cura, que é justo, que salva… Qualquer outro discurso, neste momento histórico, pode camuflar a vontade de Deus sobre o povo cristão.

Ousando responder parcialmente a pergunta, “O que Deus exige de nós,” cristãos? Imagino que Ele não quer que o ódio entre nós esconda seus desígnios sobre o papel das comunidades cristãs, quando a sociedade mundial, provida da ciência, da tecnologia, dos bens de consumo avançados, ainda não aprendeu a ver o direito inalienável à vida, a repartir os bens de todas as espécies com outros seres humanos que vivem na miséria, a acolher os doentes surgidos a partir da modernidade e sua ideologia: “os sem sentido para viver”.

A diversidade das comunidades cristãs podem ser algo enriquecedor, suas diferenças não deveriam ser empecilhos para a propagação dos bens espirituais gratuitamente doados por Jesus Cristo, desde que realmente saibamos nos respeitar mutuamente, sem proselitismo, sem cairmos nas “graças” da sociedade de consumo, que procura se justapor à religião, o mesmo método aplicado no mundo do capital.

“Enculturar” o Evangelho, isto é, apresentá-lo claramente em nossos dias, sem com isso, falseá-lo, deve ser o nosso principal motivo para receber o batismo. São grandes os desafios quando se fala em unidade e ecumenismo, pois ainda nos relacionamos através da negação do outro, ou seja, “para me afirmar como alguém que tenho identidade – preciso negar o outro”. Nesta perspectiva a alteridade verdadeira não acontece, pois minha existência só tem sentido se interdependo do outro. Assim, ser cristão de outra denominação não deveria ser obstáculo para o diálogo e, sobretudo, para o amor.

Cristo promulga: “amai os vossos inimigos”, assusta-me pensar no que Ele nos diria, quando muitas vezes, não conseguimos amar-nos mutuamente. Que mais uma Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, provoque em nós o ardente desejo, de ao menos, rezarmos uns pelos outros, pelo bem do outro e não para que o outro deixe de existir.

Por isso, convidamos a todos para participar e rezar, num gesto concreto, pela nossa Unidade, hoje, quarta-feira, 15 de maio, às 19h30, Comunidade Luterana (IECLB) Rua Izzat Bussuan, esquina com a Bejamin Constant, e sexta-feira, 17 de maio, às 19h30, na Catedral Diocesana de Dourados.
Os frutos das ofertas doadas ao longo da Semana são distribuídos da seguinte maneira: 40% para a representação regional do CONIC (onde houver) e 60% para o CONIC Nacional. Neste ano de 2013, as ofertas destinadas ao CONIC Nacional serão utilizadas na continuidade da conscientização temática: “Superação da Intolerância Religiosa”, tema que vem sendo trabalhado pelos regionais do CONIC.

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral de Dourados

e-mail: crispimguimarã[email protected]

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