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Brasil é um dos países em que mais se mata no mundo

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Brasil é um dos países em que mais se mata no mundo

Fonte: Portal RCR

O Brasil é responsável por 10% de todos os assassinatos cometidos no mundo: esta é a realidade apontada no relatório anual da Anistia Internacional, divulgado ao mundo terça-feira 24.

O relatório critica o governo brasileiro principalmente por ter optado por um modelo repressivo, que tem se mostrado incapaz de resolver a criminalidade e impedir o aumento de mortes.

Em termos comparativos, apenas entre 2004 e 2007, matou-se mais no Brasil do que nas doze maiores zonas de guerra do mundo. Neste período, 192 mil brasileiros foram mortos, contra 170 mil pessoas espalhadas em países como Iraque, Sudão e Afeganistão.

A maioria dos homicídios se registra em uma população específica e têm local para acontecer: negros, de baixa renda e moradores da periferia. Em 2012, das 56 mil pessoas assassinadas no Brasil, 30 mil eram jovens, entre eles, 77% negros.

Para a ONG, a solução desse problema passa necessariamente pela desmilitarização e a reforma das polícias: a estrutura militar da polícia, somada à filosofia do “bandido bom é bandido morto” se reflete na letalidade das ações policiais. Um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou que a polícia brasileira matou, em média, seis pessoas por dia, em 2013.

O relatório fornece uma visão abrangente da situação dos direitos humanos em 160 países durante 2014. Os grupos armados cometeram abusos em pelo menos 35 países em 2014, mais de um em cinco países investigados pela Anistia Internacional. Segundo Ana Neistat, Diretora geral de Investigação da Anistia, à “medida que a influência de grupos como o Boko Haram, Estado Islâmico e Al Shabaab cruzem as fronteiras nacionais, cada vez mais civis serão obrigados a viver sob seu controle, semelhante ao de um Estado, submetidos a abusos, perseguição e discriminação”.

O sangrento legado do enorme fluxo de armas para países onde Estados e grupos armados as utilizam para cometer graves abusos custou milhares de vidas de civis em 2014. E por isso a Anistia Internacional pede para todos os Estados ratificar ou aceitar e aderir ao Tratado sobre o Comércio de Armas, que entrou em vigor no ano passado.

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