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Por que 1º de maio é dia de são José Operário

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Hoje é dia de são José Operário, mas nem sempre foi assim. Essa festa foi instituída pelo papa Pio XII em 1º de maio de 1955 com a intenção de dar um sentido cristão ao feriado secular do Dia do Trabalho que já era celebrado em muitos países em 1º de maio.

“Estamos felizes por anunciar-vos nossa decisão de instituir — como, de fato, instituímos — a festa litúrgica de São José Operário, para o dia 1º de maio. Estais satisfeitos com este nosso presente, operários?”, foram as palavras do papa Pio XII na mensagem aos trabalhadores reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, naquela ocasião.

Na mensagem, Pio XII disse que o inimigo de Cristo estava semeando discórdia entre a classe trabalhadora “fazendo todo o possível para espalhar ideias falsas sobre o homem e o mundo, sobre a história, sobre a estrutura da sociedade e da economia”. O inimigo citado era o socialismo-marxismo ateu.

Ele chamou de “calúnia atroz” o que se dizia na época de que “Igreja está aliada do capitalismo contra os trabalhadores” e destacou o “amor da Igreja pelos operários”. A Igreja, como mãe e mestra, “é sempre particularmente solícita para com seus filhos que se encontram em circunstâncias mais difíceis”.

Em seu discurso, o papa Pio XII também reafirmou a condenação da Igreja às ideias socialistas marxistas muito difundidas na época entre os trabalhadores depois da publicação do “Manifesto do Partido comunista”, de Karl Marx e Friedrich Engels, em 1848, que apresentou uma solução materialista e ateia para a questão dos trabalhadores.  

O final do século XIX e início do século XX foi marcado pela Revolução Industrial que aumentou significativamente a produção industrial, mudando a forma de relação entre capital e trabalho, fazendo surgir a classe dos trabalhadores. Por causa das condições precárias de trabalho, eles reivindicavam seus direitos.

Neste contexto e para tentar dar um sentido cristão ao feriado, o papa resolveu dar de presente aos trabalhadores a festa de são José Operário, para que a dignidade do trabalho seja reconhecida por todos e para dar aos trabalhadores um santo protetor e exemplo de humilde operário.

“O humilde operário de Nazaré não somente personifica diante de Deus e da Igreja a dignidade de um homem que trabalha com suas mãos, mas é também o guardião providente de vós e vossas famílias”, disse ele na época.

Que o santo custódio da Sagrada Família “seja para todos os trabalhadores do mundo, especial protetor diante de Deus e escudo para proteger e defender nas penalidades e nos riscos de trabalho”, concluiu.

A preocupação da Igreja com a condição dos trabalhadores já havia surgido em 1891, quando o papa Leão XIII publicou a encíclica Rerum Novarum, a primeira a dedicar-se inteiramente a um tema social, por isso é considerada o início da Doutrina Social da Igreja.  

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