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Santa Sé pede regulamentação mais ampla da inteligência artificial

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secretária-geral do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, irmã Raffaella Petrini, que lidera a delegação da Santa Sé no Evento de Alto Nível WSIS+20 2025, pediu uma “regulamentação mais ampla” da inteligência artificial (IA).

“Essa delegação está convencida de que iniciativas como essa podem ajudar a enfrentar alguns dos desafios inevitáveis impostos pela IA e pede uma regulamentação mais ampla e compartilhada que possa ajudar a proteger os aspectos éticos do uso da inteligência artificial internacionalmente”, disse ontem a freira.

Seu apelo coincide com a mensagem enviada por Leão XIV por meio do secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, para pedir uma regulamentação ética global da Inteligência Artificial nesse mesmo fórum.

O encontro na Suíça, organizado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) em Genebra, Suíça, que terminou na última sexta-feira (11), analisou tendências emergentes, como inteligência artificial e governança de dados, além de abordar as persistentes desigualdades no acesso à tecnologia.

O evento marcou o 20º aniversário da Cúpula Mundial sobre a Sociedade da Informação (CMSI), plataforma patrocinada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Em seu discurso, irmã Petrini falou sobre os riscos do uso indevido das tecnologias digitais e defendeu a necessidade de usá-las para o bem comum.

“O extraordinário potencial das tecnologias digitais pode trazer valor significativo em muitas áreas e se tornar uma ferramenta poderosa para promover a igualdade e a justiça”, disse a freira.

No entanto, se mal utilizadas, “elas também podem fomentar conflitos e aumentar a desigualdade, especialmente em detrimento dos mais vulneráveis”, disse a freira.

Assim, ela falou sobre a necessidade de avaliar os benefícios e riscos da IA conforme “elevados padrões éticos” que levem em conta “não só o bem-estar material, mas também as dimensões intelectual e espiritual da pessoa”, salvaguardando sua dignidade.

Em seu discurso, a freira detalhou algumas das iniciativas empreendidas pela Santa Sé para orientar o uso dessa tecnologia em seu território, com cursos de educação continuada e a promulgação das Diretrizes sobre Inteligência Artificial da Santa Sé, em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025.

ssas diretrizes, diz a freira, “promovem medidas concretas para garantir o desenvolvimento ético e o uso da inteligência artificial dentro do Estado da Cidade do Vaticano” e “fornecem uma estrutura que garante uma distribuição justa e sustentável dos frutos da IA, orientada para o bem comum”.

A delegação da Santa Sé também tem o engenheiro Antonino Intersimone, diretor da diretoria de Telecomunicações e Sistemas de Informação do Governatorato; e Davide Giordano, membro da mesma diretoria e representante na Comissão da Santa Sé sobre Inteligência Artificial.

As conclusões dessa cúpula serão apresentadas à assembleia geral da ONU em Nova York em dezembro, com o objetivo de renovar o compromisso internacional com uma transformação digital a serviço do bem comum.

Desde sua primeira edição em Genebra, Suíça, em 2003, com foco no acesso à informação, e sua continuação em Túnis, Tunísia, em 2005, sobre governança da Internet e redução da exclusão digital, a CMSI tem refletido sobre a direção da era digital.

Um dos temas centrais do evento foi a iniciativa IA para o Bem, que destaca o papel da inteligência artificial como ferramenta fundamental para alcançar os objetivos da CMSI. A iniciativa promove padrões globais de IA e fomenta o diálogo entre as principais partes interessadas nos setores de tecnologia e política, com vistas a uma transformação digital ética e sustentável.

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