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Em audiência com um grupo de catecúmenos da França, o papa Leão XIV disse que o Batismo “nos dá vida” para renunciar a uma “cultura de morte”, tão presente na sociedade atual.
No encontro de hoje (29) no Vaticano com catecúmenos, capelães e catequistas da França, do qual também participou o bispo de Nice, Jean-Philippe Nault, o papa enfatizou que o Batismo “nos torna membros plenos da grande família de Deus”.
Ele também especificou que esse sacramento “nos introduz na comunhão com Cristo e nos dá vida”, comprometendo o destinatário “a renunciar a uma cultura de morte”.
Somos chamados a depositar a nossa esperança em Jesus Cristo
Como exemplos dessa cultura, Leão XIV citou “a indiferença, o desprezo pelos outros, as drogas, a busca por uma vida fácil, a sexualidade transformada em entretenimento, a objetificação da pessoa humana, a injustiça etc”.
“O Batismo nos torna testemunhas de Cristo”, disse o papa, destacando também um sinal “muito forte” desse sacramento: a oferta do círio pascal aceso.
“É a luz de Cristo, morto e ressuscitado, que nos comprometemos a manter viva, alimentando-a pela escuta da Palavra de Deus e pela participação constante na Eucaristia”, enfatizou ele.
Assim, Leão XIV disse que, para que os fiéis vivam felizes e em paz, são “chamados a depositar nossa esperança em Jesus Cristo”. Dizendo que os batizados são “o sal da terra e do mundo”, o papa enfatizou que a Igreja também precisa de seu “belo testemunho de fé para crescer ainda mais e estar próxima de cada pessoa necessitada”.
“O catecumenato”, disse também Leão XIV, “é um caminho de fé que não termina com o Batismo, mas continua por toda a vida, com momentos de alegria e momentos de dificuldade”.
Experimentar Deus na oração e nos sacramentos
Ele também os incentivou a testemunhar Cristo e a se tornarem discípulos missionários.
“Não se limitem ao conhecimento teórico, mas vivam sua fé de forma concreta, experimentando o amor de Deus em sua vida cotidiana”, disse o papa. “O caminho da fé pode ser longo e, por vezes, difícil, mas não se desanimem, pois Deus está sempre presente para sustentá-los”.
“É essencial experimentar Deus na oração, na prática dos sacramentos — especialmente na redescoberta do sacramento da Reconciliação — e na vida comunitária, para crescer na fé e no amor”, disse também Leão XIV.
No fim de seu discurso, o papa Leão XIV encorajou aqueles que em breve serão regenerados como filhos de Cristo a “permanecerem unidos ao Senhor Jesus”.
“Não nascemos cristãos; nos tornamos cristãos quando somos tocados pela graça de Deus”, disse ele.
No entanto, esse “toque” se expressa “por meio de nossa escolha consciente e de nossa jornada pessoal”, disse também o papa.
“Sem essas verdadeiras exigências, carregaremos o rótulo de cristãos, mas seremos cristãos por conveniência, hábito ou conforto”, disse Leão XIV.
Em vez disso, disse ele, “nos tornamos cristãos autênticos quando nos permitimos ser pessoalmente tocados, em nossa vida diária, pela Palavra e pelo testemunho de Jesus”.
“Em meio às tribulações, aos momentos de solidão e aridez, às incompreensões e às dificuldades, que seus corações se enraízem n’Aquele que é o caminho, a verdade e a vida (cf. Jo 14,6), a fonte de toda paz, alegria e amor”, concluiu o papa.