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Evangelizar é mais que conquistar seguidores, diz Leão XIV a influenciadores

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O papa Leão XIV participou ontem (29) da missa celebrada na basílica de São Pedro por ocasião do Jubileu dos missionários digitais e dos influencers católicos, incentivando-os a criar encontros “entre corações”, independentemente do número de seguidores que tenham.

O papa chegou à basílica, no Vaticano, no fim da missa, celebrada pelo pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização, cardeal Luis Antonio Tagle.

Cerca de mil fiéis de diferentes países participaram do evento, que coincidiu também com o Jubileu da Juventude, enchendo a basílica de rostos jovens e entusiasmados.

Em seu discurso, em italiano, inglês e espanhol, Leão XIV falou sobre três missões ou desafios quando se trata de evangelizar online:

1. Proclamar a paz ao mundo

Segundo o papa, a paz “necessita ser buscada, anunciada e compartilhada em todos os lugares, seja nos dramáticos locais de guerra, seja nos corações vazios de quem perdeu o sentido da existência e o gosto pela interioridade, o gosto pela vida espiritual”.

Leão XIV sublinhou que “hoje, talvez mais do que nunca, temos necessidade de discípulos missionários que levem ao mundo o dom do Ressuscitado” e que deem voz à esperança que Jesus vivo dá aos fiéis “até aos confins da terra (cf. At 1, 3-8)” e “até às fronteiras existenciais onde não há esperança”.

2. Buscar a “carne sofredora de Cristo” naqueles que encontrar

O papa pediu aos influenciadores católicos que sempre busquem “a carne sofredora de Cristo” em cada irmão ou irmã que encontram online.

No contexto de uma nova cultura moldada pela tecnologia, ele exortou à responsabilidade dos missionários digitais para garantir que a cultura “permaneça humana”.

“Nada do que provém do homem e da sua criatividade deve ser usado para diminuir a dignidade do outro”, disse Leão XIV. “A nossa missão – a vossa missão – é cultivar a cultura do humanismo cristão, e fazer isso juntos. Essa é para todos nós a beleza da rede”.

Diante das mudanças culturais ao longo da história, o papa enfatizou que “a Igreja nunca ficou passiva; sempre procurou iluminar cada época com a luz e a esperança de Cristo, discernindo o bem do mal e o que era bom daquilo que precisava de ser mudado, transformado e purificado”.

Diante do desafio da inteligência artificial, Leão XIV enfatizou que os fiéis devem refletir sobre a autenticidade do testemunho, “sobre a nossa capacidade de ouvir e de falar; de compreender e de ser compreendido”.

“Temos o dever de trabalhar juntos para desenvolver um pensamento, desenvolver uma linguagem que, sendo frutos do nosso tempo, deem voz ao Amor”, disse o papa.

“Não se trata só de gerar conteúdos, mas de criar um encontro de corações”, disse também Leão XIV. “Isso permitirá procurar aqueles que sofrem, aqueles que necessitam conhecer o Senhor, para que suas feridas possam ser curadas, para que se reergam e encontrem um sentido para suas vidas”.

Para alcançar isso, ele aconselhou “a aceitação da nossa própria pobreza, deixando de lado qualquer tipo de pretensão e reconhecendo a nossa inerente necessidade do Evangelho”.

Assim como Jesus chamou Seus primeiros apóstolos enquanto consertavam suas redes de pesca, Leão XIV disse que “Ele também nos pede isso”.

O papa disse que “Ele nos pede o mesmo hoje” e que “Ele pede-nos hoje, que construamos outras redes: redes de relações, redes de amor, redes de intercâmbio gratuito, nas quais a amizade seja autêntica e seja profunda”.

“Redes onde se possa consertar o que está partido, onde se possa curar a solidão, sem se importar com o número de seguidores, mas experimentando em cada encontro a grandeza infinita do Amor”, disse Leão XIV.

O papa encorajou os missionários e influenciadores a criarem “redes que deem espaço ao outro mais do que a nós mesmos, onde nenhuma bolha de filtros possa apagar a voz dos mais fracos”.

“Redes que libertem, que salvem. Assim, cada história de bem compartilhada será o nó de uma única e imensa rede: a rede das redes, a rede de Deus”, disse também Leão XIV.

Ele também convidou os fiéis a serem “agentes de comunhão” e a evitar o individualismo. Por fim, o papa agradeceu-lhes o compromisso e a ajuda que oferecem aos que sofrem, e “pela sua jornada pelas estradas virtuais”.

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