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Coração de pai

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Não é um super-herói, é o meu pai!
Ele não usa disfarces, não tem uma vida escondida ou apenas surge nos momentos de perigo. O meu pai não é assim!

No coração de um pai pulsa vida para os seus filhos, que são formados para a vida. Um super-herói não troca fraldas, não ensina a andar de bicicleta, não joga bola, não chama a atenção quando necessário, não forma o caráter de um filho, porém um pai, sim. Os pais são os que participam, escutam, cuidam, validam sentimentos e constroem vínculos.

“Não se nasce pai, torna-se pai”. Ser pai não é somente gerar uma vida ou colocá-la no mundo, mas sim assumir integralmente a responsabilidade por uma vida. Ao introduzir o filho na experiência da realidade, o coração do pai exerce sua paternidade, tornando o filho capaz de fazer escolhas, de ser livre, e, no momento certo, partir.

Eu me recordo do nascimento do meu primeiro filho, Mathias. Quando minha esposa estava para dar à luz no hospital, eu estava lá, vi todo o trabalho de parto. Depois da minha esposa, eu fui o primeiro a segurá-lo. Todo o trabalho de parto, esforço foi feito pela minha esposa, eu mesmo não fiz nada, mas estava lá! O desenvolvimento de meu filho é e será marcado pela minha presença em sua vida.  “A ausência do pai não se mede apenas por sua presença no lar, mas por sua disposição em estar verdadeiramente com o filho” (Guy Corneau).

A vida de um pai tem suas exigências. Ele trabalha, e muito, para prover o sustento de sua família, se esforça para ajudar a esposa em casa, procura ser presente ao máximo na vida dos filhos, dentre outras prioridades. Nenhum pai é igual a outro, afinal cada um tem sua personalidade. Mas todos os filhos esperam o mesmo de um pai: atenção e amor! Um filho carente ou problemático em alguma área de sua vida não é somente aquele que sentiu a falta de um pai, mas aquele que não teve espaço para ser visto e acolhido.

No nascimento da minha filha, Catharina, eu vivi uma das experiências mais marcantes em minha vida. Diferente da gestação do Mathias, na da Catharina, minha esposa ficou muito enjoada e cansada. Isso exigiu mais de mim em casa, com o Mathias e nos cuidados com ela. De todo modo, Catharina tardou para nascer. Para nossa surpresa, na noite do dia 10 de agosto de 2024, minha esposa começou a sentir dores de parto e o processo foi muito rápido, fazendo com que Catharina nascesse em casa. Eu fiz o parto da minha filha sem doula, enfermeira ou médico. Isso não estava programado, não pensávamos em ter um parto em casa sem qualquer ajuda.

Esse exemplo tão marcante em minha vida, mostra que um filho não espera que o pai esteja pronto ou se qualifique para se tornar um excelente pai. Um filho espera que o pai seja pai! Independente dos muitos sentimentos de fracasso, traumas ou de ter feito algo errado, ao ser sincero e aberto, até mesmo sobre as suas próprias imperfeições, o pai revela ao filho o mundo real.

São José é um modelo para todos os homens, pais, trabalhadores. Não foi super-herói, mas foi pai adotivo de Jesus (Deus filho). São muitos os “Josés” que podemos reconhecer desta forma, com as características desse grande e humilde santo, apresentando-se com o coração de pai. São José nos faz recordar de todos os que estão, aparentemente, ocultos ou até mesmo em segundo plano, contudo, têm evidência inigualável na história de seus filhos.

Um abençoado e marcante dia dos Pais para você. Deus abençoe!

*Thiago Teodoro de Souza é missionário da Comunidade Canção Nova.

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