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Fortaleza admite as três primeiras candidatas à consagração na ordem das virgens

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Acidigital

A arquidiocese de Fortaleza (CE) viveu pela primeira vez o rito de admissão à ordem das virgens, a Ordo Virginum, no sábado (16). Foram admitidas como candidatas à consagração Francisca Samara Marcolino, Roberta Bastos Moreira e Vitória Brena Tavares de Vasconcelos.

Ordo Virginum foi fundada na arquidiocese de Fortaleza por decreto assinado pelo arcebispo Gregório Paixão em 20 de maio do ano passado.

As virgens consagradas remontam ao início do cristianismo, a exemplo de santas como Luzia, Inês, Águeda, Filomena. Com o tempo a ordem foi perdendo importância, mas foi retomada depois do Concílio Vaticano II. Em 1970, o papa Paulo VI promulgou o novo Rito de Consagração das Virgens.

Segundo a instrução Ecclesiae Sponsae Imago sobre o Ordo Virginum, de 2018, a característica dessa vocação “é a inserção das consagradas na Igreja particular e, portanto, em um determinado contexto cultural e social: a consagração as reserva para Deus sem separá-las do ambiente em que vivem e no qual são chamadas a dar o próprio testemunho”. A instrução diz que as virgens consagradas “podem viver sozinhas, em família, com outras consagradas ou em outras situações favoráveis à expressão da sua vocação e à realização do seu projeto de vida concreto”.

Vitória Vasconcelos, uma das candidatas admitidas à ordem das virgens em Fortaleza, disse à ACI Digital que o “rito de admissão é um passo em que nós confirmamos diante do bispo o desejo de entrar na ordem das virgens”. “Nós dizemos que é o noivado; e o rito de consagração é o próprio casamento”, acrescentou.

A missa em que aconteceu o rito da admissão foi celebrada pelo arcebispo de Fortaleza, dom Gregório Paixão, no carmelo Santa Teresinha.

Em sua homilia, dom Gregório Paixão agradeceu às três candidatas “por serem as primeiras a resgatar essa história tão bonita na vida” da arquidiocese e as incentivou a recordar sempre deste momento.

“Quanta beleza nós encontramos, porque a fundação dada à ordem das virgens foi da Igreja”, disse, ao ressaltar que também há “uma responsabilidade que foi dada aos bispos de acompanhar, de perceber e de indicar o caminho seguro para aquelas que assim se consagram para que, nunca, jamais esqueçam e tragam sempre na memória a imagem daquele que é o seu Senhor, a alegria daquele que é o esposo e que deseja desposá-las para uma vida nova dada como graça para toda a Igreja”.

“Portanto, que em cada atitude, pela oração, que em cada escolha por aquilo que vocês próprias desejam pela vida, pelo corpo, pela alma e por cada ato de caridade – porque as virgens são conhecidas de modo especial também por este olhar atento aos necessitados –, que em tudo a vida de vocês seja um constante hino de louvor à glória de Deus”, disse o arcebispo.

O rito da admissão aconteceu depois da homilia e o arcebispo entregou às três candidatas a lâmpada. Segundo Vitória, a lâmpada é o “sinal da vigilância, da união, da intimidade com esse esposo”. No dia da consagração, prevista para acontecer em dezembro, as três entrarão na igreja com essa lâmpada acesa.

Pessoalmente, Vitória disse à ACI Digital que, “por ser uma coisa mais simples” do que a consagração, ela achou que no rito da admissão “não tivesse a forte emoção que tive”. “Realmente é um rito tão bonito, que toca tão profundamente, que não tinha como não verter lágrimas”, disse.

Segundo ela, o fato de o rito ter acontecido no carmelo também foi significativo para as candidatas. “Nossa vocação não tem um vínculo direto com o carmelo, porque a vocação das virgens é direcionada, é ligada à diocese”, disse, e não a um convento. Segundo ela, as três primeiras candidatas à ordem das virgens da arquidiocese de Fortaleza tiveram “dentro do Carmelo, a partir do auxílio, da intercessão, da contribuição das carmelitas, a força para poder iniciar essa vocação na arquidiocese”.

“Dom Gregório foi muito carinhoso em fazer esse primeiro passo no carmelo, para que elas pudessem também estar presentes, assistir ao rito, que elas contribuíram na construção no sentido de formação, de intercessão, de companhia, de amizade”, completou.

Para Francisca Samara Marcolino, o rito da admissão “foi uma experiência profunda com o amor de Deus, que cumpre suas promessas” na vida dela. “Assumir publicamente perante a Igreja o desejo de me consagrar totalmente a Jesus como esposo enraizou mais ainda em meu coração a certeza de que tudo é por pura graça divina e que a mim cabe somente abrir as portas do meu coração para que o meu Senhor realize sua vontade”, disse.

Roberta Bastos Moreira disse ser “muito feliz pela beleza de ser da ordem das virgens”. “Esse rito veio confirmar meu chamado como novo pertencimento em ser Igreja, em ter responsabilidade e compromisso na missão, onde Jesus me chamar”, disse.

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