Acidigital
Bispos de diferentes dioceses de Portugal convidaram os fiéis a se uniram ao dia de jejum e oração pela paz convocado pelo papa Leão XIV para amanhã, 22 de agosto, quando a Igreja celebra a memória litúrgica de Nossa Senhora Rainha.
Ao final da Audiência Geral de ontem (21), no Vaticano, o papa disse em saudação aos peregrinos de língua italiana que, além de Rainha, Nossa Senhora “também invocada como Rainha da Paz”.
“Enquanto o nosso mundo continua a ser ferido por guerras na Terra Santa, na Ucrânia e em muitas outras regiões do planeta, convido todos os fiéis a viverem o dia 22 de agosto em jejum e oração, suplicando ao Senhor que nos conceda paz e justiça e que enxugue as lágrimas de quantos sofrem devido aos conflitos armados em curso”, disse, pedindo para que “Maria, Rainha da paz, interceda a fim de que os povos encontrem o caminho da paz”.
Em uma carta ao clero e às comunidades cristãs, o patriarca de Lisboa, dom Rui Valério, pediu que “em todas as celebrações da Santa Missa” e em outros “momentos de oração litúrgica ou não litúrgica, se faça especial menção desta intenção”. O patriarca disse que também “será muito bom” que se reze por esta intenção “nos momentos de oração em família”.
Dom Rui pediu ainda a todos os padres que, “nos meios que têm ao seu alcance”, façam “eco deste pedido do Santo Padre junto de todos os cristãos a que consigam chegar”.
A diocese de Angra, no arquipélago dos Açores, também convidou “todos os fiéis” a atenderem o apelo do papa “para um dia de oração e jejum pela paz e pela justiça entre os povos”.
Segundo o site Igreja Açores, da diocese de Angra, o momento de oração pode ser vivido pessoalmente ou em comunidade.
A diocese também convidou “todas as Igrejas Jubilares, especialmente os santuários da diocese de Angra, a promoverem, se possível, uma celebração própria, permitindo que em cada ilha a comunidade cristã possa unir-se em oração por esta grande intenção do papa Leão XIV, que desde a primeira hora invocou a paz como a sua prioridade”
No santuário de Nossa Senhora da Paz, em Vila Franca do Campo, haverá oração e celebração da Eucaristia pela paz no sábado (23), às 9h.
O bispo da Guarda, dom José Miguel Barata Pereira, convidou todas as famílias comunidades, “homens e mulheres de boa vontade” a, “em profunda comunhão com o Santo Padre, guardarem em 22 de agosto “um especial tempo de jejum e oração, segundo as possibilidades e condições de saúde de cada um, oferecendo-o pela paz, desarmada e desarmante, em todos os lugares da terra submetidos a conflitos armados”.
“Alargando o nosso coração aos horizontes dos povos mais martirizados pela violência armada, continuamos a invocar a solicitude maternal de Nossa Senhora para superarmos com fortaleza os incêndios e abraçarmos com esperança os recomeços necessários”, acrescentou.
O bispo de Bragança-Miranda, dom Nuno Almeida, também pediu que os fiéis de sua diocese acolham “este importante e urgente apelo do Santo Padre”.
Mas, “considerando que, neste mesmo dia, o concelho de Bragança celebra solenemente a Bem-Aventurada Virgem Maria, Rainha, sob a invocação de ‘Nossa Senhora das Graças’, titular da catedral e padroeira principal da cidade”, dom Nuno determinou que “o jejum possa, em Bragança, ser observado no dia seguinte”.
Ao reproduzir a fala de Leão XIV ao convocar o dia de jejum e oração pela paz, a diocese de Setúbal disse em suas redes sociais que seu bispo, o cardeal Américo Aguiar, “ouviu o apelo do papa Leão XIV na audiência geral” de ontem “e lança o apelo a todos os diocesanos.
Em um vídeo, o bispo de Braga, dom José Cordeiro, se uniu ao apelo do papa “para juntos rezarmos pela paz, para que os governantes e diplomatas prossigam os caminhos da justiça e da paz e, juntos, sejamos construtores de paz e reconciliação”.
Em uma mensagem, o bispo de Viseu, dom António Luciano dos Santos Costa convidou todos os sacerdotes a terem presente o pedido do papa de oração pela paz “na celebração da Eucaristia ou em outros atos litúrgicos, assim como na oração do terço rezado em cada comunidade”. Ele disse que “o apelo é extensivo a todos os cristãos, pessoas de boa vontade, paróquias e famílias que devem acolher esta iniciativa, com preces e jejum, em comunhão com o pastor da Igreja Universal”.
“Somos uma Igreja Peregrina que reza, jejua e sofre com todos aqueles que estão envolvidos em guerras e violência”, disse o bispo, ao recordar também as vítimas dos “terríficos incêndios que destroem Portugal e o sul da Europa” e “todos aqueles que neste vale de lágrimas sofrem com a perda de seus entes queridos e amigos”.
Dom Antônio Luciano vai celebrar uma missa, unido “à intenção do Santo Padre”, amanhã, às 10h, na igreja do Carmo, em Viseu.
