Acidigital
Na oração do Ângelus de hoje (31), o papa Leão XIV meditou sobre o Evangelho de São Lucas (14,1.7-14) e exortou os fiéis a se libertarem da vaidade e da competição, para deixar que sejam Cristo quem os eduque na humildade e na liberdade.
O papa advertiu que também em nosso tempo se repete o que Jesus observou na casa dos fariseus: “Ele percebeu que há uma corrida para ocupar os primeiros lugares. Isso acontece também hoje, não na família, mas nas ocasiões em que é importante ‘ser notado’; então, estar juntos se transforma em uma competição”.
Diante dessa tentação, Leão XIV chamou a contemplar a vida a partir do olhar de Cristo: “É muito importante ver-nos com o seu olhar: repensar como muitas vezes reduzimos a vida a uma competição, como nos descompostamos para obter algum reconhecimento, como nos comparamos inutilmente uns aos outros”.
O papa lembrou que o caminho que Jesus propõe é a humildade. “O Evangelho usa a palavra ‘humildade’ para descrever a forma plena da liberdade. A humildade, de fato, é a liberdade de si mesmo”.
Quem busca engrandecer-se, observou o papa, na verdade vive fechado em si mesmo “Quem se exalta, em geral, parece não ter encontrado nada mais interessante do que a si mesmo e, no fundo, é muito inseguro”. Por outro lado, “quem compreendeu ser tão precioso aos olhos de Deus, quem sente profundamente ser filho ou filha de Deus, tem coisas maiores pelas quais se exaltar e tem uma dignidade que brilha por si mesma”.
Leão XIV destacou que a Eucaristia é o lugar onde o próprio Cristo nos ensina. “Sentar-nos juntos à mesa eucarística, no dia do Senhor, significa também para nós deixar a palavra a Jesus. Ele torna-se voluntariamente nosso hóspede e pode descrever-nos como Ele nos vê”.
“Peçamos hoje que a Igreja seja para todos um ginásio de humildade, ou seja, aquela casa onde todos são sempre bem-vindos, onde não é preciso conquistar lugares, onde Jesus ainda pode tomar a palavra e nos educar em sua humildade, em sua liberdade”, acrescentou.
Por fim, Leão XIV confiou os fiéis à Virgem Maria. “Maria, a quem agora rezamos, é verdadeiramente a Mãe desta casa”.