Acidigital
O papa Leão XIV disse que o diálogo é a solução para as crescentes tensões com a Venezuela.
Os EUA fizeram cerca de dez ataques contra embarcações no Caribe, muitas delas de origem venezuelana. Dezenas de mortes foram registradas como resultado, e os EUA aumentaram sua presença militar no Caribe nos últimos meses.
“Um país tem o direito de ter suas próprias forças armadas para defender a paz, para construir a paz”, disse ontem (4) o papa, nos arredores de Castel Gandolfo, Itália. “Nesse caso, porém, parece um pouco diferente, com a tensão aumentando… Há cinco minutos, li uma notícia dizendo que eles estão se aproximando cada vez mais da costa da Venezuela. Penso que com a violência não se vence. O que se deve fazer é buscar o diálogo, buscar uma maneira justa de encontrar soluções para os problemas que possam existir num país. Um país tem o direito de ter suas próprias forças armadas para defender a paz, para construir a paz”.
O Escritório Maryknoll para Assuntos Globais uniu-se a outras 61 organizações da sociedade civil no envio de uma carta ontem ao Congresso dos EUA para expressar alarme com os “ataques militares ilegais e execuções extrajudiciais de civis em barcos ao largo da costa da Venezuela”.
“O governo Trump não apresentou nenhuma justificativa legal válida para esses ataques nem qualquer evidência que sustente suas alegações de que as vítimas eram uma ameaça iminente à segurança dos EUA”, disse a carta. “Tememos que, a menos que haja uma ação decisiva por parte dos membros do Congresso, haverá mais ataques, mais execuções extrajudiciais e, potencialmente, uma guerra sem limites com um ou mais países da região, com prováveis consequências humanitárias e geopolíticas devastadoras”.
Na campanha eleitoral do ano passado, o presidente dos EUA, Donald Trump, defendeu a mobilização de recursos militares do país contra organizações de narcotráfico. Neste ano, o governo começou a classificar cartéis de drogas e organizações criminosas regionais como “organizações terroristas estrangeiras”.





