Acidigital
O papa Leão XIV falou hoje (12) sobre a fraternidade oferecida por Cristo morto e ressuscitado como antídoto para “a lógica negativa dos egoísmos” e das “divisões”, prevenindo também o “veneno da inimizade” presente no mundo.
“Para dissipar estas sombras, é preciso buscar luz e força n’Aquele que nos cura do veneno da inimizade”, disse o papa na audiência geral de hoje.
Leão XIV continuou o ciclo de catequese sobre a morte e ressurreição de Cristo e disse que “viver a espiritualidade da Páscoa incute esperança na vida e encoraja-nos a investir na bondade”.
O papa disse que a fraternidade “não pode ser tomada como garantida, não é algo imediato”.
“É, sem dúvida, um dos grandes desafios da humanidade contemporânea, como o papa Francisco viu claramente”, disse ele. Os “muitos conflitos” e “guerras espalhadas pelo mundo”, assim como as “tensões sociais e sentimentos de ódio”, demonstram isso.
“Sabemos bem como o desentendimento, a ruptura e, por vezes, o ódio podem devastar as relações entre parentes, não só entre estranhos”, disse Leão XIV.
O papa disse que a fraternidade não é meramente o “desejo de alguns iludidos”, mas algo que pode se tornar realidade graças à Ressurreição. Quando os discípulos “O reconhecem como o Ressuscitado”, uma “nova história” começa, disse ele, porque a partir de então “os discípulos tornam-se irmãos plenamente”.
“Os irmãos e as irmãs apoiam-se mutuamente nas provações, não viram as costas aos necessitados: choram e alegram-se juntos, na perspectiva ativa da unidade, da confiança e do acolhimento mútuo”, disse Leão XIV na catequese.
Diante dos peregrinos na praça de São Pedro, o papa falou contra o “narcisismo” que “reduz” o outro a “alguém a quem tiramos, sem que nunca estejamos verdadeiramente dispostos a dar, a doar-nos”.
“A fraternidade concedida por Cristo morto e ressuscitado liberta-nos da lógica negativa dos egoísmos, das divisões e das prepotências, e reconduz-nos à nossa vocação original, em nome de um amor e de uma esperança que se renovam todos os dias”, disse Leão XIV.
