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Violência contra cristãos aumenta drasticamente em toda a Europa, diz relatório

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Os ataques incendiários a igrejas em toda a Europa quase dobraram no ano passado, parte de uma onda mais ampla de crimes de ódio anticristãos com 274 agressões pessoais contra cristãos e o assassinato de um monge espanhol de 76 anos de idade, segundo um relatório divulgado ontem (17) pelo Observatório sobre Intolerância e Discriminação contra Cristãos na Europa (OIDAC Europa), com sede em Viena, Áustria.

O relatório documentou 2.211 crimes de ódio anticristãos em toda a Europa no ano passado, com 94 ataques incendiários a igrejas — quase o dobro do número registrado em 2023.

O lançamento oficial do relatório ocorre hoje (18), no Intergrupo do Parlamento Europeu sobre Liberdade de Religião, Crença e Consciência. O OIDAC Europa compilou o relatório usando dados oficiais da polícia, estatísticas da OSCE/ODIHR e sua própria documentação de casos.

Os números oficiais não mostram a escala completa

O aumento nos ataques incendiários é particularmente notável: um total de 94 incidentes de incêndio criminoso tiveram como alvo igrejas e outros locais cristãos — um terço (cerca de 33%) dos quais ocorreu na Alemanha.

França, Reino Unido, Alemanha, Espanha e Áustria registraram o maior número de incidentes anticristãos no geral. Embora a maioria dos ataques tenha sido direcionada a locais de culto, a OIDAC Europa registrou 274 ataques pessoais contra cristãos no ano passado, como agressões e ameaças.

Entre as conclusões do relatório, estão vários casos graves, como o assassinato de um monge de 76 anos de idade na Espanha, em novembro do ano passado, e a quase destruição por um incêndio de uma igreja histórica em Saint-Omer, França, em setembro do ano passado.

Anja Tang, diretora executiva da OIDAC Europa, disse que os números representam “atos muito concretos de vandalismo contra igrejas, incêndios criminosos e agressões físicas que afetam profundamente as comunidades locais”, dizendo que as estatísticas oficiais ainda subestimam a dimensão do problema.

Pesquisas feitas na Polônia e na Espanha mostram que cerca de metade dos padres já sofreu agressões. Mas a grande maioria das pessoas nunca denuncia esses incidentes à polícia.

“Se metade do clero católico sofre agressões num país de maioria católica, a hostilidade contra os cristãos não pode mais ser tratada como uma questão marginal”, disse Tang.

Cristãos sob pressão social em toda a Europa

Além dos ataques físicos, o relatório fala sobre a crescente pressão legal e social sobre os cristãos em toda a Europa entre 2024 e 2025.

Exemplos disso são a perseguição judicial de indivíduos por orarem silenciosamente nas chamadas “zonas-tampão” perto de clínicas de aborto no Reino Unido; o processo em curso por “discurso de ódio” contra a deputada finlandesa Päivi Räsänen por citar a Bíblia; e o caso de grande repercussão envolvendo a professora britânica Kristie Higgs. Em fevereiro deste ano, o Tribunal de Apelação da Inglaterra e de Gales reconheceu as crenças cristãs de Higgs como legalmente protegidas.

“Esses padrões destacam a necessidade urgente de fortalecer a proteção da liberdade de religião ou crença na Europa — como o direito de expressar e discutir convicções religiosas na esfera pública sem medo de represálias ou censura”, disse Tang.

Em recomendações, a OIDAC Europa pede uma ação mais forte e coordenada da União Europeia. Isso abrange a nomeação de um coordenador da União Europeia para combater o ódio anticristão, semelhante aos mandatos existentes sobre antissemitismo e ódio antimuçulmano.

A organização também exorta governos a implementarem o novo guia da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Compreendendo os Crimes de Ódio Anticristãos e Atendendo às Necessidades de Segurança das Comunidades Cristãs, e a tornarem a coleta sistemática e comparável de dados sobre crimes de ódio contra cristãos uma prioridade fundamental.

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