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Reflexos do Coração 11 |Advento

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Reflexos do Coração 11 |Advento
Um menino nos nasceu, um filho nos foi dado!” – Isaias 9, 5


O Natal se aproxima, nossos corações se enchem de expectativa e esperança
Como já refletimos no artigo anterior, no Natal celebramos o nascimento de Jesus Cristo.

Celebrar o nascimento de Jesus Cristo é celebrar o cumprimento de uma promessa, a chegada do Salvador e a instauração do Reino definitivo onde a arma utilizada para conquistar e dominar os corações é o Amor.

Os poderosos usam armas e bombas que destroem para dominar e subjugar, Jesus manifesta o seu Amor e constrói aquilo que está destruído pelo pecado e nos liberta das amarras escravizantes do mal e da morte.

Por isso essa celebração não pode se resumir a palavras vazias. Não podemos resumir o Natal a frases de efeito, mensagens que falam bonito, mas não expressam a verdade dos nossos corações.

O Natal deve acontecer primeiro no interior dos nossos corações.
Primeiro devemos sentir o Natal, fazer a experiência do Amor de Deus que se faz menino, indefeso, pobre, carente e completamente ignorado por todos.
Esse Amor deve sensibilizar fortemente os nossos corações.
Um Deus que sendo tudo, se faz nada.

Um Deus dono e criador de tudo, que se faz pobre e necessitado.
Um Deus que pode tudo, mas se faz dependente de mãos cuidadosas.
Um Deus glorioso e adorado na corte celeste, que se faz desconhecido e desprezado.
Se não fossem os anjos descerem para anunciar aos pobres pastores, a grandiosidade do acontecimento, e se não fosse uma estrela sinalizar aos magos o extraordinário acontecimento, tudo teria passado completamente despercebido pelo mundo.

Foi necessário que os anjos anunciassem: “hoje vos nasceu, na cidade de Davi, um Salvador, que é o Cristo Senhor” (Lucas 2, 11)

Os magos viajando longa distância, perguntavam: “onde está o rei dos Judeus, que acaba de nascer? (Mateus 2, 2)

Esse anúncio e esse questionamento por parte de pessoas desconhecidas, causaram perplexidade e medo aos poderosos. Como assim, nasceu um rei?

Neste Natal, será necessário que os anjos desçam do céu e os magos venham do oriente, para nos dar a Boa Notícia do nascimento do Salvador?

Ainda não é bastante o que já ouvimos e vimos a longo dos séculos a esse respeito?
Será que ainda vamos permanecer com as nossas portas fechadas, com o coração insensível e indiferentes à presença viva e real do Senhor, que bate à nossa porta pedindo pra entrar e fazer morada em nosso coração e em nossas vidas?

O apelo é que nos preparemos e celebremos dignamente essa solenidade.
Jesus nasceu em Belém da Judeia, e quer continuar nascendo, não mais numa cidade, num lugar, numa gruta, mas em nosso coração, em nossa casa. Estar presente em nossa mesa e ser o verdadeiro alimento da nossa ceia de Natal, que para nós deve ser a Santa Missa de Natal.
Claro que para isso precisamos nos preparar interiormente não apenas exteriormente.
Além de enfeitarmos nossa casa e nossa mesa, precisamos ornamentar o nosso coração e os nossos sentimentos com os enfeites do perdão, do discernimento, da alegria, da humildade, da conversão, da reconciliação e do trabalho incansável pelos pequeninos; do tempo dedicado a leitura bíblica, a fidelidade ao dízimo e tantos outros enfeites que nos aproximam do principal personagem da nossa festa – Jesus Cristo, nosso Deus que se faz menino para ser nosso Salvador.

Nos últimos dias do ano, as empresas fazem o balanço patrimonial, para projetar novas ações e avaliar os lucros ou prejuízos. Também nós, neste Natal, somos convidados a fazer um balanço da nossa vida espiritual, refletir sobre nossas atitudes, como estamos correspondendo ao infinito Amor de Deus, como estamos sendo fiéis instrumentos de conversão e salvação para os irmãos, que tipo de católicos estamos sendo. Estamos no lucro da graça ou no prejuízo do pecado.

Caso encontremos algo que não está de acordo com nossa fé, é hora de reavaliarmos nossa vida e corrigirmos a nossa rota e reorganizarmos nosso coração.

Por isso e para isso, Jesus vem nascer em nós, para nos recolocar no caminho reto e correto, como nos aconselha João Batista, como voz que clama no deserto dos nossos corações insensíveis, indiferentes e muitas vezes alienados e desencaminhados, trilhando os caminhos tortos, escuros e obscuros da vida: “Uma voz clama no deserto, traçai o caminho do Senhor, aplainai suas veredas” (Marcos 1, 3).

Através do nascimento de Jesus, o céu toca a terra e a transforma em morada do Senhor, para que estabeleça o seu reinado e Ele reine como verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Poucos dias nos separam do Natal. Dentro de poucos dias, o Senhor vai nascer e revelar sua face ao mundo. Vem como o Sol da justiça iluminar as nossas noites escuras. Aproveitemos essa oportunidade para acolhe-Lo e adorá-Lo, como fizeram os pastores e os reis magos.
Desejo a todos um Natal verdadeiramente cristão, abençoado e cheio de paz.
Com os nossos familiares participemos da Ceia do Senhor para depois partilharmos da ceia de Natal.

Que o Menino Jesus seja o nosso Rei em todos os dias do ano novo.
Até 2026.
 
Luiz Farias Torres

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