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Gado sob controle: Saiba como funciona o Chip do boi

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Chip do boi: gado sob controle

Saber a origem da carne que está nas gôndolas dos supermercados é uma exigência que veio para ficar

Portal BRASIL

Saber a origem da carne que está nas gôndolas dos supermercados é uma exigência que veio para ficar. Após surtos de doenças, como a da vaca louca, ou a denúncia de desmatamentos para a criação de pastagens em áreas de floresta, a certificação da carne bovina passou a ser exigida pelos grandes importadores e consumidores.

O Brasil tem cerca de 200 milhões de cabeças de gado, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. É o maior exportador mundial de carne, com valores que ultrapassam os R$ 2 bilhões por ano. Mas esse comércio só tem garantias se o boi tiver origem comprovada. Países europeus só importam carne que seja rastreada, ou seja, com informações desde o nascimento até o abate do boi, incluindo dados sobre vacina, origens e manejo.

No Brasil, a forma mais comum de monitorar o gado é por leitura ótica. A rotina de vacina, pesagem e controle é feita através de um número serial anotado por um funcionário da fazenda. Além de manual, demorado e pouco prático, o sistema dá margem a erros. O rastreamento com tecnologia importada exige investimentos e não é utilizada em larga escala no Brasil.

Demanda

Aproveitando esta lacuna, o Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), empresa pública pioneira no desenvolvimento de semicondutores no Brasil, desenvolveu o “Chip do Boi”. O produto é 100% nacional, barato e confiável, destinado ao rastreamento do gado. Apesar de usar tecnologia de ponta, o sistema é simples. Cada animal recebe um brinco na orelha com um chip e uma antena. No dispositivo ficam armazenadas informações sobre o boi, que são acessadas através de um leitor eletrônico, que possui tecnologia RFID (Identificação por Radiofreqüência).

O equipamento, que ainda está sendo testado em fazendas de Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, já apresenta resultados animadores. Com o novo processo, a pesagem do animal é feita em poucos minutos e os erros no controle manual do gado foram eliminados, já que a organização das informações é totalmente eletrônica. Além de ter sido projetado especialmente para as condições da pecuária brasileira, um dos principais diferenciais do Chip do Boi está relacionado ao custo. O sistema nacional terá um preço médio de R$3 a unidade, menos da metade do valor de tecnologias similares importadas.

Previsto para ser comercializado a partir de 2011, o Chip do Boi promete popularizar o monitoramento do gado com uso de tecnologia, prática fundamental para melhorar a gestão nas fazendas e estimular a criação de um padrão brasileiro de rastreabilidade. Além de maior valor comercial, a carne do gado rastreado é mais competitiva e impulsiona o mercado exportador brasileiro.

Empresa pública federal ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, o Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) é a primeira fábrica especializada no desenvolvimento e produção de chips da América Latina. A empresa, localizada em Porto Alegre, atua principalmente nos segmentos de identificação por radiofrequência (RFID), comunicação sem fio e mídias digitais.

A Ceitec trabalha para desenvolver soluções inovadoras em eletrônica e tecnologias da informação de qualidade para atender às necessidades do mercado. Entre os produtos mais importantes estão chips para rastreabilidade animal (o chip do boi) e para receptores de TV digital, além de um circuito integrado para controle e automação industrial.

Com a tecnologia de RFID, foram criados softwares para automação de aeroportos, rastreabilidade de veículos, passaporte eletrônico e medicamentos e derivados de sangue. Ainda estão em desenvolvimento sistemas para modulação (recepção) de TV Digital e para a última milha de transmissão de internet banda larga via Wi-Max (sistema de conexão sem fio).
Clique aqui e leia mais sobre a Ceitec.

Leia mais:
Produção de Chips

http://www.brasil.gov.br/sobre/ciencia-e-tecnologia/inovacao/Cases/chip-do-boi/texto-complementar-i

Saber a origem da carne que está nas gôndolas dos supermercados é uma exigência que veio para ficar

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