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O papa Leão XIV rezou o Ângelus de domingo(14/09) com os fiéis em uma data especial: seu 70.º aniversário. Desde o início da manhã, a praça de São Pedro encheu-se de peregrinos com faixas, cartazes de felicitações e bandeiras de felicitações.
«Parece que vocês sabem: hoje eu completo 70 anos», disse o Pontífice com um sorriso, improvisando algumas palavras de agradecimento. «Agradeço ao Senhor e aos meus pais, e a todos aqueles que se lembraram de mim nas suas orações».
O papa mostrou-se visivelmente emocionado ao ouvir as bandas musicais que, na praça do Vaticano, tocaram Parabéns a Você. Os milhares de participantes acompanharam o gesto com aplausos e vivas, agitando os seus cartazes com mensagens de gratidão e bênçãos.
Durante seu discurso após a oração do Angelus, Leão XIV lembrou os 60 anos da criação do Sínodo dos Bispos por são Paulo VI, e encorajou um compromisso renovado com a sinodalidade na missão da Igreja.
As suas reflexões durante o Angelus centraram-se na Exaltação da Santa Cruz, que a Igreja Católica celebra neste domingo. Ao comentar o evangelho do dia, o encontro de Jesus com Nicodemos (cf. Jo 3,13-17), ele assegurou que o líder judeu «tem necessidade de luz, de orientação, procura Deus e pede ajuda ao Mestre de Nazaré, porque nele reconhece um profeta, um homem que realiza sinais extraordinários».
Jesus revela-se como o Filho de Deus ao dizer-lhe: «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho único, para que todo aquele que nele crê não morra, mas tenha a vida eterna». No entanto, Nicodemos «não compreende plenamente o sentido destas palavras», mas compreenderá após a morte e «depois da crucificação, ajudará a sepultar o corpo do Salvador».
Deus, para redimir os homens, fez-se homem e morreu na cruz
«Compreenderá então que Deus, para redimir os homens, fez-se homem e morreu na cruz», explicou o Papa. “Deus salvou-nos revelando-se a nós, oferecendo-se como nosso companheiro, mestre, médico, amigo, até se tornar por nós pão partido na Eucaristia. E para realizar esta obra, serviu-se de um dos instrumentos de morte mais cruéis que o homem jamais inventou: a cruz”.
Para Leão XIV, esta é a “exaltação” da cruz. Ele definiu-a como uma celebração que “fazemos pelo amor imenso com que Deus, abraçando-a para a nossa salvação, a transformou de meio de morte em instrumento de vida, ensinando-nos que nada pode separar-nos Dele e que a sua caridade é maior do que o nosso próprio pecado”.
O papa concluiu a sua reflexão antes da oração pedindo com Maria «que também em nós se enraíze e cresça o seu amor que salva, e que também nós saibamos doar-nos uns aos outros, como Ele se doou inteiramente a todos».