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A vocação é uma aventura de amor com Deus, não só um conjunto de normas, diz Leão XIV

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O papa Leão XIV recebeu hoje (15) os participantes do Capítulo Geral da Ordem de Santo Agostinho e disse sentir-se “em casa” com eles. Em seu discurso, falou sobre o tema do amor, que seu fundador santo Agostinho “colocou no centro de sua busca espiritual”.

No início de seu discurso, o papa Leão XIV agradeceu ao padre Alejandro Moral por seus anos de serviço e deu as boas-vindas ao recém-eleito prior-geral, padre Joseph Farrell.

Referindo-se ao Capítulo Geral como uma oportunidade para refletir sobre o dom recebido, os desafios e a situação atual da ordem, ele lembrou aos agostinianos a importância da “interioridade no caminho da fé”.

Ele disse que essa interioridade não é “uma fuga de nossas responsabilidades”, mas “que é um entrar em si mesmo para depois sair com maior motivação e entusiasmo pela missão”.

“Voltar a nós mesmos”, acrescentou, “renova nosso impulso espiritual e pastoral: retornamos à fonte da vida religiosa e da consagração, para poder oferecer luz àqueles que o Senhor coloca em nosso caminho”.

As vocações e a formação dos jovens

O papa Leão XIV falou sobre algo que para ele é “um tema fundamental”: as vocações e a formação inicial. Ele aconselhou a “não cair no erro de imaginar a formação religiosa como um conjunto de regras a serem observadas, coisas a serem feitas ou mesmo como um hábito pronto que deve ser usado de forma passiva”.

Ao contrário, ele disse que o amor está no centro de tudo e que “a vocação cristã, e em particular a vocação religiosa, nasce somente quando se percebe a atração de algo grande, de um amor que pode nutrir e saciar o coração”.

“É indispensável ajudar, especialmente aos jovens, a vislumbrar a beleza do chamado e a amar aquilo que, ao abraçar a vocação, podem se tornar”, disse. “A vocação e a formação não são realidades predeterminadas: são uma aventura espiritual que envolve toda a história da pessoa e é, sobretudo, uma aventura de amor com Deus”.

Assim, ele disse que o amor, que santo Agostinho “colocou no centro de sua busca espiritual”, é também um critério fundamental para a dimensão do estudo teológico e da formação intelectual.

“No conhecimento de Deus, nunca é possível chegar a Ele apenas com a nossa razão ou com um conjunto de informações teóricas; trata-se, antes de tudo, de deixar-se surpreender pela Sua grandeza, de interrogar a si mesmo e sobre o sentido dos acontecimentos para descobrir neles as marcas do Criador e, sobretudo, de amá-Lo e de fazer com que seja amado”, disse.

Ele também exortou seus irmãos agostinianos a serem generosos e humildes, duas qualidades que nascem justamente do amor, a terem como referência o “dom inefável da caridade divina” e a serem “fiéis à pobreza evangélica”.

O papa Leão XIV terminou pedindo que não se esqueçam “da nossa vocação missionária”, recordando que, desde 1533, os agostinianos anunciam o Evangelho em todo o mundo

“Este espírito missionário não deve ser apagado, porque é extremamente necessário também hoje. Exorto-vos a reavivá-lo, recordando que a missão evangelizadora exige o testemunho de uma alegria humilde e simples, a disponibilidade para servir e a participação na vida das pessoas a quem somos enviados”, concluiu.

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