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Leão XIV anuncia rosário pela paz na praça de São Pedro

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O papa Leão XIV convidou hoje (24) as pessoas a rezarem o terço pela paz por todo o mês de outubro e disse que no sábado, 11 de outubro, às 18h, ele vai rezar um terço na praça de São Pedro, no Vaticano, como parte da Vigília do Jubileu da Espiritualidade Mariana.

“Queridos irmãos e irmãs, o mês de outubro, que já se aproxima, é especialmente dedicado ao Santo Rosário, e por isso convido todos a rezar o Rosário pela paz todos os dias do próximo mês, pessoalmente, em família e em comunidade”, disse o papa no fim da audiência geral.

Leão XIV também fez um apelo especial àqueles que trabalham no Vaticano: “Convido todos aqueles que servem no Vaticano a viver essa oração na basílica de São Pedro todos os dias às 19h”.

“Em particular, na noite de sábado, 11 de outubro, às 18h, rezaremos juntos aqui na Praça São Pedro, na vigília do Jubileu da Espiritualidade Mariana, comemorando também o aniversário da abertura do Concílio Vaticano II”, disse ele.

Dois Estados na Terra Santa

Antes de voltar ao Vaticano depois de passar o dia de ontem (23) na villa Barberini, residência papal de Castel Gandolfo, Leão XIV reafirmou seu apoio a uma solução de dois Estados para o conflito entre Palestina e Israel e alertou sobre o risco de uma escalada na Ucrânia.

A solução de dois Estados foi aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948 como solução para a descolonização do então protetorado britânico na região. Seriam formados dois Estados, um judeu e um árabe. Os judeus aceitaram imediatamente a proposta e, no mesmo ano, fundaram Israel. Os países árabes recusaram a presença de Israel. O Egito invadiu a Faixa de Gaza, a Síria invadiu a parte norte do que deveria ser o Estado árabe e a Jordânia invadiu a Cisjordânia.

Depois de uma série de guerras ao longo, a Jordânia, o Egito, e a Autoridade Palestina, que controla a Cisjordânia, e fez um acordo de paz com Israel nos anos 1990, aceitam a existência de Israel.

O atual conflito na Terra Santa é entre as Forças de Defesa de Israel e o grupo radical muçulmano Hamas, milícia patrocinada pelo Irã que, desde a guerra civil entre palestinos de 2005, controla a Faixa de Gaza. O estatuto do Hamas visa a destruição do Estado de Israel.

“A Santa Sé apoia a solução de dois Estados há muitos anos”, disse o papa aos repórteres que o esperavam antes de sua volta ao Vaticano.

A Santa Sé reconheceu o Estado oficialmente em 2015, quando assinou o Acordo Global com o Estado da Palestina.

“A Santa Sé reconheceu há muito tempo a solução de dois Estados. Isso é claro: devemos buscar um caminho que respeite todos os povos”, disse o papa segundo Vatican News, serviço oficial de informações da Santa Sé.

No entanto, Leão XIV disse que o reconhecimento formal do Estado da Palestina por toda a comunidade internacional “poderia ajudar, mas neste momento não há uma vontade real de ouvir do outro lado; o diálogo está interrompido”.

O papa disse também que ligou para a paróquia católica de Gaza naquele mesmo dia: “Graças a Deus, a paróquia está bem, embora as incursões estejam se aproximando… Esta tarde entrei em contato com eles”.

Rússia-Ucrânia: “Alguém está buscando uma escalada”

Leão XIV também respondeu sobre a guerra na Ucrânia e as recentes incursões russas no espaço aéreo de outros países, especialmente da Polônia.

“Alguém está buscando uma escalada”, disse o papa. “É cada vez mais perigoso. Continuo insistindo na necessidade de depor as armas, interromper os avanços militares e voltar à mesa de negociações”.

Nesse contexto, ele enfatizou a importância da ação conjunta no continente europeu: “Se a Europa estivesse verdadeiramente unida, acredito que poderia conseguir muito”.

Respondendo se considera necessário o rearmamento europeu, ele evitou comentar diretamente: “São questões políticas, também influenciadas pela pressão externa sobre a Europa. Prefiro não comentar”.

Sobre as iniciativas diplomáticas da Santa Sé, Leão XIV disse que o trabalho continua discretamente: “Estamos em diálogo constante com os embaixadores. Também tentamos falar com os chefes de Estado quando eles vêm, sempre buscando uma solução”.

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