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A ressurreição de Cristo pode curar a tristeza, uma das doenças do nosso tempo, diz Leão XIV

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Acidigital

O papa Leão XIV disse hoje (22) que “a ressurreição de Cristo pode curar uma das doenças do nosso tempo: a tristeza”. Segundo ele, “invasiva e difundida, a tristeza acompanha os dias de muitas pessoas”.

“É o Ressuscitado que muda radicalmente a perspectiva, infundindo a esperança que preenche o vazio da tristeza”, disse o papa na audiência geral de hoje. “Nas sendas do coração, o Ressuscitado caminha ao nosso lado e por nós. Testemunha a derrota da morte, afirma a vitória da vida, não obstante as trevas do Calvário”.

Leão XIV continuou suas reflexões sobre a ressurreição de Cristo, que ele disse ser como uma “explosão de vida e de alegria que mudou o sentido de toda a realidade, de negativo para positivo”.

Em sua catequese, o papa comparou a tristeza que tira “sentido e vigor à vida”, transformando-a “numa viagem sem rumo nem significado”, com os sentimentos vividos pelos discípulos de Emaús devido à morte de Jesus.

“Desiludidos e desanimados, eles partem de Jerusalém, deixando para trás as esperanças depositadas em Jesus, que foi crucificado e sepultado”, disse Leão XIV.

Para o papa, o relato dos dois discípulos de Emaús, no Evangelho de são Lucas (Lc 24,13-29), é um paradigma da tristeza humana. Ele disse que o relato demonstra “o fim do objetivo no qual foram investidas tantas energias, a destruição daquilo que parecia ser o essencial da própria vida”.

No entanto, Leão XIV disse que o paradoxo daquele momento é emblemático porque a “triste viagem de derrota e de regresso à normalidade” ocorre “no mesmo dia da vitória da luz, da Páscoa que se consumou plenamente”.

É um momento, disse o papa, em que “tudo parece perdido” e se torna necessário “voltar à vida de antes, mantendo um perfil discreto, na esperança de não serem reconhecidos”.

Então, como diz o Evangelho, um viajante se junta aos dois discípulos que acabavam de descer do Gólgota, entristecidos.

“É Jesus ressuscitado, mas eles não o reconhecem”, disse Leão XIV. “A tristeza ofusca o seu olhar, apaga a promessa que o Mestre tinha feito várias vezes: que seria morto e que ao terceiro dia ressuscitaria”.

Jesus os escuta, “deixando-os desabafar a própria desilusão”, disse o papa, mas depois “com grande franqueza, repreende-os por serem insensatos e lentos de espírito em crer em tudo quanto os profetas anunciaram”.

As Escrituras provam que Cristo tinha que sofrer, morrer e ressuscitar

“Através das Escrituras demonstra que Cristo devia sofrer, morrer e ressuscitar”, disse Leão XIV. “No coração dos dois discípulos reacende-se o calor da esperança, e então, quando a noite cai e chegam ao destino, convidam o misterioso companheiro a permanecer com eles”.

O papa falou sobre como Jesus aceitou e sentou-se à mesa com eles. Foi justamente no momento em que “toma o pão, parte-o e oferece-o”, disse Leão XIV, que “os dois discípulos reconhecem-no”, embora Ele tenha desaparecido imediatamente de vista.

O gesto de partir o pão reabre os olhos do coração

“O gesto do pão partido reabre os olhos do coração, ilumina novamente a visão ofuscada pelo desespero”, disse o papa. “E então tudo se esclarece: o caminho compartilhado, a palavra terna e forte, a luz da verdade… Imediatamente a alegria se reacende, a energia flui de novo nos membros cansados, a memória volta a tornar-se grata”.

Leão XIV disse que Jesus não ressuscitou com palavras, “mas com ações, com o seu corpo que conserva os sinais da paixão, selo perene do seu amor por nós”.

Por fim, ele disse que “a vitória da vida não é uma palavra vã, mas um dado real, concreto”.

“A alegria inesperada dos discípulos de Emaús seja para nós uma doce admoestação, quando o caminho se torna duro”, concluiu o papa.

Convite aos jovens e aos casais para serem “missionários do Evangelho”

No fim da audiência geral de hoje, o papa Leão XIV convidou os jovens e os casais a serem “missionários do Evangelho”.

O papa disse que outubro é tradicionalmente o mês dedicado às missões e, por isso, exortou os fiéis a “renovar a colaboração ativa com as missões da Igreja”.

“Com a força da oração, as potencialidades da vida conjugal e a energia renovada da juventude, saibam ser missionários do Evangelho, oferecendo o vosso apoio concreto a quantos dedicam a sua vida à evangelização dos povos”, disse Leão XIV.

O papa também falou a vários grupos de peregrinos presentes na audiência, como os frades menores conventuais de Assis, os fiéis da diocese de Faenza, acompanhados por seu bispo, Ovidio Vezzoli, e as paróquias de San Salvo, Praia a Mare e Bancali.

“Desejo a todos que cresçam sempre no amor a Cristo para testemunhá-lo em todos os âmbitos da sociedade”, disse.

O papa concluiu suas palavras concedendo sua bênção apostólica a todos os fiéis.

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