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Em audiência com a Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém, o papa Leão XIV agradeceu o serviço prestado às comunidades da Terra Santa, onde são chamados a testemunhar “que a vida vence a morte”.
No início de seu discurso, o papa falou sobre a missão com a qual a ordem foi criada em 1098: guardar o Santo Sepulcro, cuidar dos peregrinos e sustentar a Igreja em Jerusalém.
Leão XIV agradeceu-lhes por continuarem o trabalho que fazem “com a humildade, a dedicação e o espírito de sacrifício que caracterizam as ordens de cavalaria”, especialmente pelo seu testemunho e solidariedade com os cristãos da Terra Santa.
Em particular, o papa enfatizou que ainda hoje eles ajudam as comunidades da Terra Santa “sem alarde e sem publicidade” e apoiando o patriarcado latino de Jerusalém em suas várias atividades, como obras de caridade e projetos humanitários.
“Custodiar o Sepulcro de Cristo não significa simplesmente preservar um patrimônio histórico, arqueológico ou artístico — embora importante —, mas sustentar uma Igreja feita de pedras vivas (cf. 1Pd 2,4-5), nascida ao redor daquele túmulo e que nele encontra o sinal autêntico da esperança pascal”, disse Leão XIV.
O papa falou então sobre a missão da ordem e disse que permanecer no Sepulcro do Senhor “significa renovar a fé no Deus que cumpre suas promessas, cuja potência nenhuma força humana pode derrotar”.
“Num mundo em que a prepotência e a violência parecem prevalecer sobre a caridade os Cavaleiros e Damas são chamados a testemunhar que a vida vence a morte, que o amor vence o ódio, que o perdão vence a vingança, e que a misericórdia e a graça vencem o pecado”, disse o papa.
Leão XIV exortou a ordem a custodiar os lugares santos com fé, ajudando assim os fiéis a “deter-se com o coração diante do túmulo de Cristo, onde a dor encontra resposta na confiança”.
Para isso, o papa os aconselhou a ter uma “vida sacramental intensa”, e ouvir e meditar a palavra de Deus, por meio da oração pessoal e litúrgica e da formação espiritual.
Depois, Leão XIV falou sobre a esperança, encarnada nas mulheres que foram ao Sepulcro para procurar Jesus.
“Em tantas ocasiões, graças ao trabalho de vocês, reabre-se uma fresta de luz para pessoas, famílias e comunidades inteiras ameaçadas por dramas terríveis, especialmente nos lugares onde Jesus viveu”, disse ele.
O papa disse que quando são Pedro e são João Evangelista correm ao túmulo e encontram o túmulo de Jesus vazio, isso representa “o gesto do peregrino, símbolo da busca do sentido último da vida”.
Assim, Leão XIV os exortou a viver a peregrinação a Roma “como uma etapa de partida, para retomar o caminho rumo à única meta verdadeira e definitiva: a plena e eterna comunhão com Deus no Paraíso”.
Concluindo, ele pediu que testemunhassem e convidassem os fiéis “a viver as realidades deste mundo com a liberdade e a alegria de quem sabe estar a caminho do horizonte infinito da eternidade”.





