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Um padre prefeito?

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Um padre prefeito?

Pe. Crispim Guimarães

As notícias que correram o mundo sobre Dourados impressionaram a população local e demais localidades aonde chegaram. Infelizmente as notícias não edificaram nossa cidade!

Já nos primeiros dias após o ocorrido, comecei a ouvir um burburinho citando meu nome para concorrer à Prefeitura de Dourados, não dei muita importância, mesmo ouvindo os apelos de alguns cidadãos das mais variadas classes. Por mais de uma vez, pessoalmente e nos meios de comunicação, Eleandro Passaia, manifestou-se a favor da minha candidatura e como ele teve um papel relevante no desfecho dos fatos, preciso me manifestar.

Por que o faço? Para dizer que não tenho pretensões políticas, nem mesmo sou filiado a nenhum partido e nem pretendo me filiar. Agradeço a confiança e as manifestações de vários cidadãos, inclusive do Passaia, pois me alegra o fato de um padre ser lembrado, isto significa que não é minha pessoa somente que foi colocada em pauta, foi a Igreja Católica em si, já que minha formação e tudo que falo e faço é em nome e pela formação que recebi da Igreja. Claro, meus pecados, estes a Igreja nunca me incentivou a praticá-los. Porém, o fato de ser padre não significa estar imune às mazelas que outras pessoas (políticos) sofrem e/ou praticam, temos casos, infelizmente, de colegas que foram eleitos e não foram tão éticos, felizmente, outros foram e são exemplos.

Enfim, não sou candidato, sou sacerdote e não quero ser outra coisa, mas cabe uma profunda reflexão acerca do momento político de Dourados. Tenho observado a movimentação dos políticos e seus arranjos. Confesso que me preocupa, pois a população precisa ficar muito atenta, pois a cidade não pode mais passar por casos de corrupção, ela precisa ser passada a limpo, portanto as coligações partidárias serão salutares, se não colocarem o próximo prefeito numa camisa de força, onde a administração fique a mercê de políticos profissionais e não de técnicos competentes, capazes de moralizar e implementar as reformas e programas que a cidade precisa.

Portanto, a população será culpada se não se manifestar agora e depois para cobrar e fiscalizar. Cobrar que as coligações não façam da próxima administração uma colcha de retalhos, fatiando cargos, e fiscalizar para que a cidade fique mais bonita, que o asfalto seja de boa qualidade e para todos os cidadãos, que a educação e a saúde, dois grandes problemas, sejam de acordo com as necessidades da população, que a Secretaria de Assistência Social faça parcerias e elabore programas para os mais carentes, não para virar uma máquina assistencialista, mas que proporcione trabalho simples, porém, eficaz, onde as pessoas sintam-se valorizadas – autônomas e não dependentes de políticos. Por fim, a mais urgente medida é um choque de honestidade, pois só assim os demais programas serão realizados.

Quem poderá fazer tudo isso? O próximo prefeito? Sim, ele mesmo, mas isto só acontecerá se a população não abrir mão dos seus direitos de acompanhar e fiscalizar, sugerir e colocar a boca no trombone quando necessário. É hora de olhar bem os personagens políticos que se movimentam rapidamente na nossa conjuntura eleitoral.

Que realmente 2011 seja novo. Boas Festas!

Pe. Crispim Guimarães


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