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Quem protesta contra tudo, protesta contra nada!

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Quem protesta contra tudo, protesta contra nada!

Com saudades das lutas contra a ditadura, contra Collor, não me aguentei e participei dos protestos em Dourados. Acredito que teria participado também em outros lugares se lá estivesse. Parabéns a todos.

As redes sociais fizeram no mundo muçulmano a chamada Primavera Árabe e agora, muito semelhante àquelas manifestações, por todo o Brasil, o povo vai às ruas para dizer… O quê mesmo? Sobre isso estou me perguntando até então. Sou a favor das manifestações contra o Estado totalitário, a avassaladora corrupção endêmica, da prisão imediata dos mensaleiros, da diminuição da carga tributária insuportável, da melhoria da educação, da saúde, da reforma política, da CPI dos portos, da Petrobrás, da Copa, etc.
Sinceramente ainda não consigo identificar o porquê das manifestações. Aparentemente foi contra o aumento do preço do transporte público enquanto deveria também ser a favor da melhoria do mesmo. Contudo, manifestar a indignação sobre a situação brasileira hoje é muito oportuno.

Parece que os iniciadores dos protestos em São Paulo, foram os membros do Movimento Passe Livre que alguns órgãos da imprensa disseram ser uma ONG financiada pela Petrobrás e Ministério da Cultura, isto é, pelo dinheiro público. Quem observou bem percebeu bandeiras de partidos de cunho marxista, inclusive um deles tem um Ministério – o mesmo que comanda as questões ligadas à Copa do Mundo – por isso, é claro, que o movimento das pessoas livres é legítimo, mas pessoas infiltradas têm uma tendência de manipulação para exigir um Estado mãe e pai. Quando o Estado é provedor de tudo, ele necessita assumir não só os serviços públicos, como os privados e como não é possível administrar a complexidade de uma nação a partir de um governo, para aplacar a fúria da população, ele vai se tornando paulatinamente ditador, cortando liberdades, quando não toma a propriedade privada, interfere não com a criação de empregos, mas com o aumento de impostos que, no fundo, é uma usurpação do patrimônio particular.O pior de tudo isso é que ele não sabe distribuir equitativamente.
Há uma tendência crescente no Brasil, que já vem de governos anteriores, de trabalhar menos e receber tudo do Governo. Não por acaso, os concursos públicos são alvo de disputas ferrenhas, mas o Estado poderá empregar a todos? Mesmo assim, há uma insatisfação generalizada com esses mesmos serviços.

Então sou contra tudo o que está acontecendo no país? Não, de jeito nenhum! Sou a favor, mas não existe movimentos sem lideranças, sem rumos, não se pode protestar contra tudo e todos, seria o mesmo que protestar contra nada. Por isso, curiosamente perguntei a várias pessoas: “está protestando contra quem?”, resposta: “contra tudo e todos!” De fato, políticos de todos os partidos, empresários, empregados, estavam protestando. Veja um caso típico. Os índios com cartazes: “demarcação já”, um pouco depois ruralistas: “não à demarcação”. Também havia cartazes a favor da descriminalização da maconha, etc. Se o empresário protesta contra o Governo, o trabalhador contra o empresário, um manifesta pela liberação da maconha, outro contra, índios contra agricultores e vice-versa, aonde chegaremos?

Se as manifestações levarem a uma reflexão mais profunda da situação em que vivemos, se os manifestantes, inclusive eu, assumirmos nosso papel de cidadãos, que não é só de ir à rua e gritar palavras de ordem, mas de fazer algo pelo país, sem se deixar manipular por partidos, que mesmo mamando nas “tetas” do Estado, saem a gritar contra o mesmo, acredito que poderemos contribuir para uma Nação verdadeiramente mais democrática.
Volto à questão da Primavera Árabe, governos foram depostos, e agora aqueles que agitaram seus povos e assumiram o poder político, estão a exercê-lo de modo mais ditador que os anteriores. Aqui podemos fazer diferente, com calma e inteligência, exigindo ética, transparência e derrubando governos nas três esferas, se eles não corresponderem a um projeto ético de Nação, através do voto e não do golpe; não por acaso, alguns oportunistas já falam na volta dos militares. A pressão popular que amedronta os governantes deve desencadear a troca dos mesmos nos pleitos eleitorais, mas a pressão pode exigir lisura já, em todas as esferas públicas e privadas. Lembrando que na esfera privada cabe ao cidadão também viver eticamente.

Para finalizar e refletir. Correntes do jornalismo independente dizem que uma das grandes organizadoras destes protestos de modo mais global (bem-vindos), é a Avaaz. Você já ouviu falar nesta sigla? No seu site, apresenta-se como defensora das causas sociais em geral, contudo, estudiosos mais experientes e jornalistas mais arrojados, que não é o meu caso, dizem que é uma organização fundada e financiada por George Soros, sobre quem recai a acusação de ser um dos especuladores mais influentes do mundo capitalista e financiador de políticos e projetos da Nova Ordem Mundial globalizante em diversos países. Confira dossiê: http://.iam.org/soros/.
Que Deus ilumine a mente e o coração de todos para a reconstrução da NAÇÃO!

Pe. Crispim Guimarães

Pároco da Catedral de Dourados

[email protected]

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